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Estados do Norte ainda ocupam posições intermediárias no Ranking de Ativos Verdes

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07/10/2022

Andreia Leite

O Amazonas faz parte da lista da primeira edição do Ranking de Ativos Verdes dos Estados, onde os Estados do Norte ocupam posições intermediárias. O estado ficou com a liderança nos indicadores de APP (Área de Preservação Permanente) com vegetação nativa, cadastrados no Sicar (Sistema Nacional de Cadastro Rural) sem análise, emissões de CO2, imóveis rurais certificados pelo Incra, povos e comunidades tradicionais no Sicar e uso de agrotóxicos.

De acordo com o levantamento, os estados da região Norte performaram de forma regular no Ranking Estadual de Gestão Sustentável de Ativos Verdes, do CLP (Centro de Liderança Pública). Elaborado em parceria com a Tendências Consultoria, o levantamento avalia os entes subnacionais a partir de indicadores alinhados à visão ESG (environmental, social and governance) e à agenda 2030 da ONU.

O levantamento inédito mede o desempenho das 27 unidades federativas a partir de 33 indicadores, distribuídos em quatro pilares temáticos considerados fundamentais para a promoção da gestão ambiental dos estados: Gestão do CAR, Uso da Terra, Orçamento Verde e Sustentabilidade. Todos os dados são públicos do Sicar e demais fontes, como IBGE, Embrapa, SNIF, entre outros.

Para o diretor-presidente do CLP, após a criação do Ranking dos Estados ESG e ODS, o CLP segue desenvolvendo iniciativas capazes de auxiliar gestores públicos a diagnosticar problemas e elencar prioridades, além de mostrar para a população e para o setor privado quem são os estados que estão avançando em direção à agenda sustentável.

Lucas Cepeda – gerente de Relações Governamentais e Competitividade do CLP, o Amazonas de fato tem essa posição positiva aqui nesses indicadores, que vai refletir a boa colocação do estado no Pilar Gestão do CAR, no qual o Estado fica na terceira colocação.

“Entretanto, se a gente olhar para o ranking como um todo, a gente vê que na maioria dos indicadores do uso da terra, o Amazonas acaba tendo uma performance um pouco mais negativa, inclusive, ficando na última colocação”, analisou.

O quesito sobre o CAR coloca foco nos esforços estaduais em dar visibilidade aos ativos e passivos ambientais dos imóveis rurais. O item uso da terra tem 11 indicadores como uso de agrotóxicos e o quanto se irriga a terra. “Olhamos quanto um Estado é produtivo no campo e quanto é sustentável para as próximas gerações”, diz Cepeda.

Ainda, segundo ele, embora tenha uma boa colocação tanto no Pilar Orçamento Verde, ocupando a segunda colocação e em Sustentabilidade, ocupando a terceira, o resultado é mediana no Ranking Geral, na 15ª posição, sendo isso, principalmente pelo peso dos pilares, que cada um tem a sua medida, que é crucial para determinar a posição final do ranking nesse caso.

O que significa que o Estado ainda tem muito para avançar em direção à agenda sustentável.

“E só relembrando, conforme consta no relatório, o Pilar de Uso da Terra é o mais pesado com 40, 4%, Sustentabilidade 38,5%, Orçamento Verde tem 20,5% do ranking e Gestão do CAR 8,5%”.

Para Denise de Pasqual, economista, sócia-fundadora da Tendências Consultoria, ter contribuído para a produção do Ranking de Ativos Verdes marca também a ampliação do escopo de serviços prestados pela consultoria em temas de ESG. “Fazer parte dessa iniciativa, que mostra como os estados estão gerindo seus ativos verdes, é de grande relevância, pois sabemos que o Ranking será uma ferramenta de difusão de boas práticas entre os participantes e até de gestão de políticas públicas associadas à área ambiental”, diz.

Destaque

Somente o Acre (8ª) aparece entre os dez primeiros colocados, enquanto o Pará (12ª) e Rondônia (13ª) aparecem na sequência.

O Acre ficou com a oitava colocação geral após bom rendimento em dois dos quatro pilares do levantamento, ficando em primeiro em Orçamento Verde e segundo em Gestão do CAR. O estado ainda ocupa a liderança em quatro indicadores específicos: assentamento da reforma agrária no SICAR, função saneamento, preservação da vegetação pelos imóveis rurais e vegetação nativa nos imóveis rurais.

Outros estados da Região também ocupam a primeira colocação em indicadores específicos, como o Amapá em velocidade do desmatamento, e Rondônia em recursos hídricos.

A posição geral dos estados da região Norte ficou da seguinte maneira: Acre (8ª), Pará (12ª), Rondônia (13ª), Amazonas (15ª), Amapá (16ª), Tocantins (19ª) e Roraima (22ª).

No Nordeste, a melhor colocação ficou com a Paraíba. Depois vieram Pernambuco e Bahia. O Piauí é o pior. Na região Centro-Oeste o pior é Mato Grosso do Sul.

Os Estados do Sudeste, à exceção do Espírito Santo (11º), estão entre os melhores dez. Depois de São Paulo vêm Minas Gerais e o Rio de Janeiro. Todos os Estados da região Sul estão bem posicionados.

Fonte: JCAM

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