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Estado mantém crescimento

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12/02/2020

Fonte: Jornal do Commercio

Marco Dassoriffora

Aprodução industrial do Amazonas registrou seu segundo mês negativo em dezembro, com queda mensal superior à da média do país. Ao contrário da indústria brasileira, contudo, a amazonense encerrou 2019 com número positivo em relação a dezembro de 2018 e alta de dois dígitos no acumulado do ano, liderando o ranking nacional do setor. Os dados estão na pesquisa mensal do IBGE para o setor, divulgada nesta terça (11). Em relação a novembro, a atividade industrial amazonense caiu 1%, em um recuo mais acentuado do que o do mês anterior, neste tipo de comparação (-0,6%).

No confronto com dezembro de 2018, houve incremento de 12,2%, resultado bem melhor do que o do levantamento anterior (+11,5%). A indústria do Amazonas também engatou seu quinto mês seguido no azul na variação acumulada, tendo crescido 4% em 12 meses.

A retração mensal situou o Estado abaixo da média nacional (-0,7%) e na quinta posição entre as 14 unidades federativas pesquisas mensalmente pelo IBGE. Paraná (+4,8%), Pará (+2,9%) responderam pelos únicos dois desempenhos positivos do rol, seguidos por Santa Catarina (-0,7%). No sentido contrário, Mato Grosso (-4,7%), Rio de Janeiro (-4,3%) e Minas Gerais (-4,1%) figuraram no rodapé da lista.

Em contraste, o aumento de 12,2% em relação a dezembro de 2018 elevou a indústria amazonense do segundo para o primeiro lugar do ranking mensal do IBGE e em um patamar bem acima da média brasileira (-1,2%). Rio de Janeiro e Ceará (ambos empatados com +4,5%) vieram em seguida. Os piores desempenhos ficaram em Espírito Santo (-24,8%), Minas Gerais (-13,6%) e Bahia (-4,7%).

Do mesmo modo, o desempenho do acumulado no ano manteve o Estado na segunda posição do ranking brasileiro – cuja média foi, assim como nos dois meses anteriores, negativa em 1,1%. O Amazonas ficou atrás apenas do Paraná (+5,7%) e bem à frente de Goiás (+2,9%). Os piores resultados vieram de Espírito Santo (-15,7%), Minas Gerais (-5,6%) e Bahia (-2,9%).

Fora da curva

Assim como na sondagem anterior, sete das dez atividades da indústria local levantadas pelo IBGE tiveram bom desempenho entre novembro e dezembro de 2019. A principal foi a impressão e reprodução de gravações (DVDs e discos) com alta de 519,5% –a segunda fora da curva em 2019, após uma longa série de quedas na produção. Bebidas (+33,6%), equipamentos de informática, eletrônicos e ópticos (+20,9%), produtos de borracha e material plástico (+18,4%) e máquinas e equipamentos (condicionadores de ar, com +14,5%) vieram em seguida.

Na mesma comparação, três atividades tiveram desempenho negativo: coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (gás natural, com -13,5%), a indústria extrativa (óleo bruto de petróleo, com -3,3%) e a fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (conversores, alarmes, condutores e baterias, com -3%). No acumulado de 12 meses, o crescimento também incluiu sete atividades da indústria.

Os melhores desempenhos vieram de máquinas e equipamentos (+36,3%), coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (+9,5%) e outros equipamentos de t r a n s p o r t e s (motocicletas e suas peças, com +7,1%). As retrações ficaram em m á q u i n a s , aparelhos e materiais elétricos (-13,8%), impressão e reprodução de gravações (-5,4%) e produtos de borracha e material plástico (-0,4%).

“Para comemorar”

Em sua análise para o Jornal do Commercio, o supervisor de disseminação de informações do IBGE-AM, Adjalma Nogueira Jaques, ressalta que a indústria amazonense conseguiu fechar seu terceiro ano seguido de alta na produção, após os incrementos de 2017 (+4%) e de 2018 (4,4%), em um desempenho “bastante significativo, em face das circunstância do momento”, e bem superior ao do país. “Outra boa notícia foi a recuperação de importantes atividades industriais do PIM, como a de ‘outros equipamentos de transporte’, onde estão situadas as linhas de produção de motocicletas e suas peças.

Informática, eletrônicos e ópticos também fecharam com expansão. Em suma, sete das dez atividades do Polo fecharam 2019 positivamente. Dentro das circunstâncias, é algo para se comemorar”, afiançou.

Recuperação lenta

O presidente da Fieam, Antonio Silva, disse que a queda de produção em dezembro era esperada, em razão das entregas de produtos para as festas de fim de ano serem antecipadas desde outubro. Para o dirigente, o que importa é o saldo positivo do volume de produção do PIM em 2019, desempenho alcançado em razão da melhora econômica de vários setores e da recuperação – “apesar de lenta” –do poder aquisitivo de parte dos consumidores, ajudado pelo aumento de empregos nos mercados mais importantes do país.

“Para 2020, as coisas se complicam um pouco, pois é ano eleitoral e tem reforma Tributária, além da ameaça do coronavírus. São questões que vão demandar muito esforço e união de todos para serem superadas com êxito. Temos confiança que, com a atuação de nossa bancada federal, do governo do Estado, das entidades de classe e das lideranças políticas, haveremos de convencer nossos opositores e vencer mais essa etapa rumo ao nosso desenvolvimento socioeconômico”, concluiu.

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