06/01/2014
Apesar de prever um incremento real de 3% a 5% e nominal de até 10% nas vendas este ano, o presidente da Associação Comercial do Amazonas (ACA), Ismael Bichara, avalia 2013 como um ano complicado para o segmento comercial no Estado, com aquecimento significativo das vendas apenas a partir da segunda quinzena de novembro. “Os lojistas tiveram um ano cheio de altos e baixos. Em setembro, por exemplo, as vendas chegaram a cair quase 40% em alguns segmentos. Apenas a partir do dia 15 de novembro registramos um crescimento maior nas vendas”, afirma.
De acordo com o dirigente empresarial, o clima de protestos e movimentos grevistas nas instituições bancárias também afetou o desempenho do varejo em Manaus, ao criar incertezas no consumidor. “Trabalhamos para promover a segurança mobilidade e o investimento em eventos culturais no Centro como forma de aumentar o fluxo de pessoas e, consequentemente, as vendas”, avalia Bichara.
Em 2014, segundo ele, o movimento estará mais a favor do setor de serviços do que do comércio varejista. “Se tivermos o mesmo desempenho deste ano, com crescimento real mínimo de 3% já temos motivo para comemorar. Isto porque, além da Copa, 2014 também será ano de eleição. Os dois fatores contribuem para desviar a atenção do consumidor para a compra de bens duráveis”, detalha o presidente da ACA.
Copa do Mundo
O setor de serviços, por outro lado, será estimulado pelo fluxo de turistas trazidos pelo mundial futebolístico.
O segmento é a aposta do titular da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), Afonso Lobo, para o aumento de 10% na arrecadação estadual previsto para 2014. Segundo ele, negociações com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes no Amazonas (Abrasel/AM) resultaram na alteração da forma de tributação para o setor de restaurantes, com o intuito de incentivar o ramo de negócios no ano da Copa. “Ao invés de cobrar alíquota de 17% sobre o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), as empresas pagarão 3,5% sobre o faturamento” anuncia.
De acordo com a diretoria da Abrasel/AM, a alta carga tributária incidente sobre o segmento corresponde ao maior motivo para a informalidade de negócios no setor e para a não emissão de nota fiscal. Com a mudança, 12.476 empreendimentos em todo o Estado serão beneficiados.
Fonte: Amazonas Em Tempo