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Esperar ou arriscar? Economista fala sobre as perspectivas para investidores e produtores

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04/04/2016

A economista Zeina Latif esteve em Manaus esta semana para participar de um evento promovido pelo Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam) e Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), que almejava debater o futuro do modelo Zona Franca de Manaus (ZFM).

À frente da XP-Investimentos, considerada a maior corretora de valores independente do Brasil, ela aproveitou a oportunidade para conversar com A CRÍTICA sobre o atual cenário macroeconômico do País, e sobre a realidade do investidor e da classe empresarial diante das atuais turbulências vivenciadas. Afinal, o que fazer diante desta situação, tanto no cenário produtivo quanto no de investimentos? Esperar ou arriscar? Confira as respostas:

Com o atual cenário político e econômico, é possível ao pequeno e médio investidor traçar algum planejamento quanto aos seus próximos passos no mercado financeiro?

O que vemos é um grau de incerteza grande no cenário nacional e de previsibilidade baixa do que vem a acontecer no futuro. Essa realidade exige um pouco mais do investidor. Não é mais possível a ele, montar uma carteira de investimentos e ficar parado. Ele tem que se exercitar mais. Estar disposto a dinamizar suas modalidades de investimento a fim de tentar maximizar seus ganhos.

É prudente fazer investimentos com retorno em longo prazo?

Cada caso é um caso, vai depender do perfil do investidor. Tem aqueles com ‘musculatura’ para aguentar a oscilação e que podem deixar seus recursos rendendo por um tempo maior.

Mas a maioria dos brasileiros não é feita de investidores tomadores de risco e sim de poupadores, pessoas que querem preservar seu patrimônios. Estas não optam por modalidades com retorno a longo prazo. Vale acrescentar que o cenário de economia instável naturalmente encurta o horizonte de investimento.

E quanto ao setor produtivo? O que deve fazer o empresário: esperar ou tentar adaptar o negócio ao cenário incerto, arriscando um pouco mais?

Neste momento, o empresário passa por um momento delicado. No caso de um diretor de uma empresa, tem que decidir se vai produzir mais ou menos, se será necessário enxugar mais custos ou cortar pessoas do quadro de funcionários.

Somam-se a isso dúvidas diversas sobre quanto tempo a situação vai demorar, se o governo criará novas regras de um momento para outro, etc. Não podemos dizer o que o empresariado deve fazer porque mais uma vez, cada situação é única, mas a tendência têm sido de retração de investimentos e expansões.

Na sua opinião, a partir de quando o ambiente de negócios deve começar a melhorar?

A partir do momento em que a situação política estiver mais definida. Uma vez resolvida essa questão, se faz urgente a elaboração de uma agenda econômica para o País. Hoje, tudo está sendo feito na base do improviso e com medidas emergências de baixa qualidade.

É preciso um planejamento sólido que ajudem a possibilitar a retomada do ritmo econômico. Assim que o quadro começar a caminhar para essa direção, o empresário que pensava em demitir, resolve esperar um pouco mais e ao ver melhora, volta a investir. É esse cenário que aguardamos.

Fonte: Portal Acrítica.com.br

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