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Especialistas discutem PIM

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22/11/2018

Notícia publicada pelo Jornal Acrítica

Os problemas recorrentes do Amazonas nos setores da indústria, agricultura, biotecnologia, pesquisa e desenvolvimento, e logística foram discutidos no Seminário "Amazonas 2073+: O Futuro, no Presente", realizado ontem na sede da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), no centro da capital. Os especialistas convidados apontaram possíveis soluções para as questões em todas as áreas discutidas. O evento foi realizado pelo Instituto Piatam.

Dentre os pontos negativos, a falta de desenvolvimento do capital humano no Estado e a dificuldade em investir nesses talentos e mantê-los no Amazonas foram citados pelo economista Denis Minev e pelo doutor em Biologia Adalbeto Luís Val como um gargalo para as soluções.

"Quando você tem gente boa, gente bem treinada, o mundo vem até você. Eu sinto em dizer que, se por um acaso as indústrias do Polo Industrial fechassem as portas, não teria uma corrida para contratar a mão-de-obra pela sua capacidade ou conhecimento.
Nós continuamos com a indústria ligada nos incentivos e não no capital humano", destacou Minev.

Adalberto Val apontou ainda que a capacitação de pessoal na Amazônia, como um todo, ganhou notoriedade nos últimos 20 anos, no entanto, segue abaixo do restante do Brasil.

"Não temos capacitação nas áreas de botânica, imunologia, Engenharia Naval.
É preciso repensar esse processo porque enquanto nós atrasamos, outras agências vão
produzindo as informações que tanto precisamos. A Fapesp investe mais na Amazônia do que a soma dos estados amazônicos.
A gente precisa preparar as próximas gerações para decodificar as informações técnicas dos laboratórios e levar para sociedade. Nós estamos perdendo as pessoas que qualificamos por falta de fixação de pessoal aqui", avalia o biólogo.

Além da capacitação de pessoal, a falta de infraestrutura e de investimentos pelos governantes são agravantes para o desenvolvimento estadual, conforme os especialistas. Marcelo Pereira, superintendente adjunto de P&D da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), enfatiza que o Amazonas tem um grande défict de investidores para desenvolver produtos e pesquisas regionais. Para ele, o grande desafio da bioeconomia é diversificar os investimentos para que as pesquisas saiam dos laboratórios.

Mediador e um dos idealizadores do seminário, Alexandre Rivas, do Instituto Piatam, conta que as discussões servirão para buscar melhorias em todos os segmentos que sirvam para desenvolver a Amazônia. As propostas apresentadas pelos especialistas estão compiladas em um livro que aguarda editora para publicação.

"Apresentamos a cada um dos especialistas um quadro onde existia uma ideia central, um propósito, que projetos seriam acessados para atingir esses objetivos, quais as ações necessárias, e quais produtos poderiam ser gerados a partir disso. Buscamos o saber e a experiência de cada um para trazer resultados", detalha Rivas. O livro com as propostas pode ser baixado pelo site do Instituto Piatam, no endereço www.institutopiatam.org.br.

Agronegócio em pauta no 'AM 2073'

O advogado e engenheiro agrônomo, Petrúcio Magalhães Júnior, integra a Equipe de Transição do Governo e falou sobre o déficit na exportação. Ele cita que, em 2016, o Amazonas acessou apenas 0,2% dos recursos disponibilizados pelo Governo Federal para atender a produção local.

A falta de políticas públicas no setor primário é um dos grandes problemas para desenvolver o setor no Estado, segundo o especialista. Para tentar diminuir o problema, Magalhães Júnior citou seis pilares a serem desenvolvidos: o primeiro e implementar políticas municipais, estaduais e federais de regularização fundiária; a segunda é fazer um zoneamento econômico-ecológico para iniciar o zoneamento agrícola de risco climático;
investimento em pesquisa aplicada; ampliar os agentes operadores do crédito rural no interior do Estado; apoiar o cooperativismo de crédito; e por último, um programa estadual de agroindustrialização.

Em números

#330 mil Produtores rurais atuam no Amazonas, segundo dados do Censo 2017. A quantidade representa 18,5% da força de trabalho do Estado. Do total, 96% são agricultores familiares, e os outros 4% restante corresponde aos investifpres do agronegócio.

Frase

"O PIM é anacrônico. A gente olha para ele e vê que está defasado em relação ao que vivemos no mundo"

Jorio Veiga

Executivo

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