28/10/2014
O economista e professor universitário Sylvio Puga destaca que, após a prorrogação do modelo ZFM por mais 50 anos, é preciso atrair investimentos para o Polo Industrial. “Além disso, é necessário criar polos de desenvolvimento no interior do Estado, levando em consideração as potencialidades que nós temos”, afirma.
“Faltam investimentos no setor petroquímico, no naval, no de fármacos, na bioindústria. Enfim, temos uma gama de potencialidades que precisam avançar na pauta econômica do Amazonas. Minha expectativa com os eleitos é que essa agenda tenha a visibilidade que precisa”, acrescenta o economista.
O também economista, e presidente da Associação PanAmazônia, Belisário Arce, afirma que é preciso construir um modelo econômico para o Estado de menor dependência da Zona Franca. Ele ressalta que a garantia constitucional da ZFM tem brechas e que a estabilidade do modelo depende da conjuntura nacional e internacional. Belisário Arce cita um “bloqueio ideológico ecológico” que impede a exploração das riquezas da floresta.
“É uma grande balela dizer que a floresta deve ser intocável. Os recursos precisam ser explorados. Disso depende o desenvolvimento econômico e social da região. Mas, com isso não quero dizer que não deva ser feito com responsabilidade. O desenvolvimento deve ser sustentável”, pontua.
Para Serafim Corrêa, economista e deputado estadual eleito pelo PSB, o governador precisa liderar o processo de consolidação da ZFM após a prorrogação dos incentivos. “Temos que resolver o problema de energia elétrica, Internet, logística e burocracia. Tem uma série de desafios que atrapalham e precisam ser enfrentados”, afirma. “Outro grande desafio, talvez o maior, é levar desenvolvimento econômico para o interior do Estado”, completa.
Corrêa enfatiza que é preciso “destravar” a BR-319. “Preservando as condições ambientais. E não para o escoamento da produção industrial, mas para integrar o Amazonas ao Brasil e desenvolver o Sul do Estado”, disse. Ele lembra ainda que o Gasoduto Coari-Manaus foi entregue há cinco anos e se limita hoje a abastecer usinas de geração de energia. “O gás foi tão prometido e precisa entrar de vez na vida, na economia dos amazonenses. A indústria poderia estar queimando gás, os ônibus também”, afirma.
Fonte: Portal Acrítica.com.br