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Escassez de habilidades. Especialista fala sobre áreas com maiores carências

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29/08/2022


Luana Carvalho
luanacarvalho@acritica.com
27/08/2022 às 19:27.
Atualizado em 27/08/2022 às 19:27

A especialista em desenvolvimento de líderes e mapeamento de competências, Wilma dal Col, da ManpowerGroup Brasil, aborda o tema “mercado excludente” como uma escassez de talentos, que hoje em dia é o maior gargalo das organizações. Mas, neste caso, não se trata de escassez de capacitação, e sim de competências humanas, que ganharam ainda mais destaque na recuperação econômica após o período drástico da pandemia de Covid-19.

A taxa de desemprego no Brasil caiu para 9,8% no trimestre encerrado em maio, mas a falta de trabalho ainda atinge 10,6 milhões de brasileiros: o que é um número elevado de pessoas buscando colocação. Na contramão, segundo uma pesquisa feita pela Manpower, 1.030 empresas, ou seja, 81% das empresas consultadas pela consultoria têm dificuldade de conseguir funcionários.

“Em termos de segmentos, os mais gritantes são do mercado financeiro, áreas de saúde, educação e indústria”, comenta Wilma, que foi uma das palestrantes do 19º Congresso Amazônico de Gente e Gestão e 19ª EXPOABRH, da Associação Brasileira de Recursos Humanos do Amazonas, nesta semana.

Escassez mundial

Em 2022, o índice de escassez global de talentos atingiu 75% — o maior nível em 16 anos. Isso representa um aumento de 6 pontos percentuais em relação ao ano anterior e quase o dobro do que foi relatado em 2015. Já o Brasil, é o nono país em que o desafio para preencher vagas é mais elevado. E Wilma explica:

“Quando vamos aprofundando, acabamos descobrindo que não é porque faltam pessoas especializadas, pois temos países de primeiro mundo com índices mais altos que o nosso. O que temos é escassez de talentos, e quando a gente investiga é interessante porque acabamos esbarrando nos ‘softs skills’, que são habilidades comportamentais humanas, fatores fortes para que as pessoas tenham dificuldade de colocação no mercado de trabalho. Isso significa que embora existam pessoas com capacidade por formação, ou até mesmo por experiência, faltam as habilidades”, exemplifica.

Como na era digital todos os aspectos da vida se tornam mais tecnológicos, as competências humanas, por sua vez, são mais exigidas. Segundo a pesquisa, os empregadores hoje possuem dificuldade em encontrar empregados com:

  • Confiabilidade e autodisciplina;
  • Raciocínio e resolução de problemas;
  • Criatividade, pensamento crítico e capacidade de analisar situações;
  • Resiliência e adaptabilidade e espírito colaborativo.

As cinco áreas de atuação com mais demandas de talentos são:

  • Tecnologia da informação;
  • Atendimento ao cliente e front office;
  • Logística e operações
  • Marketing e vendas e administração.

“A mudança no mundo hoje, o agilizar das coisas por conta da tecnologia, o fator da tecnologia executar muitos processos e atividades que ficavam eminentemente sobre as responsabilidade das pessoas trouxe transformação das oportunidades. Por exemplo, no mercado financeiro houve uma mudança gigantesca com o avanço da tecnologia, mas os bancos aparecem como sendo um dos principais setores que disseram que não conseguem fechar vagas. Costumamos fazer tudo por aplicativos, mas se eu tiver qualquer dificuldade, eu quero uma pessoa para me atender. Hoje não temos mais o volume que tínhamos de bancários, mas hoje precisamos de profissionais que saibam resolver os problemas”.

Fonte: Acrítica

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