02/08/2022
A equipe Team ProdiXy, da Escola SESI Emina Barbosa, será a única representante do Amazonas a participar da etapa nacional do Torneio de Robótica, na categoria First Robotics Competition (FRC), nos dias 5 a 7 de agosto no Pier Mauá – Rio de Janeiro. A competição desafia alunos do ensino médio a construírem e programarem um robô de até 54 quilos e 1,5 metro de altura para competir em um jogo de arena, assim como, incentiva a desenvolverem uma marca, levantarem fundos e realizarem ações com a comunidade local.
De acordo com o técnico do time, Glauco Soprano, a equipe composta por 13 adolescentes, dos 15 aos 17 anos, tem se dedicado quase integralmente ao projeto que vai receber 28 equipes de todo o território nacional. Os alunos cumpriram o desafio de desenvolver o robô, graças ao apoio da Escola Senai Waldemiro Lustoza, que disponibilizou o espaço, equipamentos e orientações técnicas. “Percebemos que a ajuda do SENAI tem sido imprescindível, visto a expertise que os professores têm, além dos equipamentos. Precisávamos planejar as peças e usinar, isso não seria possível sem eles”, afirmou o técnico.
Emily Brito, de 16 anos, responsável pelo setor financeiro da equipe
O estudante do 2º ano do ensino médio e um dos responsáveis pela engenharia na equipe Team ProdiXy, Rogério Almeida, observa que o amplo conhecimento técnico exigido nessa nova categoria tem sido o maior desafio para o time. O competidor também explicou as ações que o robô deve realizar durante o torneio: coletar e lançar bolas (semelhantes às de basquete) e escalar um hangar, tudo em um tempo limite de dois minutos e meio.
Mas nem tudo na robótica é sobre robôs, Emily Brito, de 16 anos, por exemplo, é responsável pelo setor financeiro da equipe e afirma que todos na Team ProdiXy são divididos em áreas semelhantes a uma empresa. “Essa divisão é para nos incentivar ao empreendedorismo, afinal, precisamos manter a equipe de uma maneira autossuficiente e os nossos meios são através de vendas e patrocínios”, afirma a aluna que possui a função de separar os orçamentos e ir em busca de meios financeiros para a equipe nunca chegar ao vermelho, por meio de uma série de ações em conjunto.
Horta hidropônica para sustentabilidade
A equipe cultiva uma horta de alface hidropônica, um sistema de plantação que não possui a necessidade de terra (solo) para o crescimento do cultivo, pois as plantas ficam em contato direto com a água ou com ar úmido, que possui os aditivos dos nutrientes necessários para que se desenvolvam. “Criamos a horta para atingir três objetivos: o principal seria o financeiro, com a venda, outro seria para atingir os objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU e o terceiro é beneficiar a comunidade ao redor da nossa escola”, comentou Sara Ventura, do 3º ano do ensino médio, uma das responsáveis pelo marketing e ações sociais da equipe.
A ideia dos alunos é trazer uma opção mais sustentável e mais barata. De acordo com Sara, são realizadas parcerias com os produtores locais para venda em lanchonetes, tudo com o objetivo de fomentar o desenvolvimento econômico da cidade e promover o sustento da equipe.
Outras ações da Team ProdiXy
Engajados de diversas formas, os alunos envolvidos no torneio também colocam em prática o projeto “Biblioteca sem fronteiras”, com a entrega de uma estante de livros, recolhidos por meio de doações, para uma comunidade ou uma escola carente, de maneira a incentivar a educação. Também realizam as chamadas “Oficinas Maker” com mini palestras, normalmente voltadas para crianças, para demonstrar por meio de diversas dinâmicas que a robótica não está só ligada a tecnologia, mas ao ato de colocar a mão na massa e fazer a diferença.
Fonte: FIEAM