05/05/2014
Com o EZFM no Estado, o porto deve movimentar 250 contêineres a mais por mês. A média atual é de 21,5 mil contêineres a cada 30 dias. Em 2013, o Porto de Suape movimentou 395.636 TEUs (unidade de medida de contêiner de 20 pés). O EZFM em Pernambuco é o primeiro no Nordeste e o terceiro em operação no Brasil, juntando-se ao de Uberlândia, em Minas Gerais, e ao de Resende, no Rio de Janeiro.
O entreposto pernambucano tem autorização para funcionar devido a um protocolo celebrado entre o governo local e o do Amazonas que isenta por 180 dias a cobrança do ICMS sobre os produtos fabricados na Zona França de Manaus (ZFM) e enviados para Ipojuca. Caso a venda ao atacado ou varejo não aconteça no prazo estipulado, o imposto será recolhido em favor do Amazonas. Na ZFM são fabricados televisores, tablets, notebooks, celulares, aparelhos de ar-condicionado, videogames, motocicletas, concentrados para refrigerantes, entre outros.
O transporte de cargas da Zona Franca de Manaus para Suape e o estoque no EZFM em Ipojuca, sem cobrança imediata de ICMS, permitirão que a oferta de produtos aos consumidores nordestinos ocorra de forma mais rápida. Estimativas da Secretaria da Fazenda do Amazonas apontam redução de tempo de duas semanas para dois dias.
As mercadorias poderão ser estocadas no entreposto de Ipojuca, cuja área de 55 mil metros quadrados contempla 26 mil metros quadrados só de armazém, com capacidade máxima de 37 mil posições de pallets, além de 92 docas para recepção e expedição de cargas. “Já investimentos R$ 1,8 milhão para iniciar a operação do entreposto, que hoje conta com 13 colaboradores”, disse o diretor executivo da Bertolini Armazéns Gerais, Osvaldo Moz.
Para o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco e presidente do Complexo Industrial Portuário de Suape, Márcio Stefanni Monteiro, o EZFM no Estado é estratégico porque Suape fica a um raio de 800 quilômetros de sete capitais nordestinas, que compreendem 90% do Produto Interno Bruto do Nordeste (PIB). “Num raio de 300 quilômetros, Suape atinge quatro capitais (Recife, João Pessoa, Maceió e Natal), o que significa um mercado consumidor de 12 milhões de pessoas que somam mais de 35% do PIB do Nordeste”, complementou.
Fonte: Diário de Pernambuco