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21/11/2018

Notícia publicada pelo Jornal do Commercio

O Brasil é o país que apresenta a matriz energética menos poluente entre os grandes consumidores globais de energia, sendo a nação com maior participação de fontes renováveis, mostra o Relatório sobre Mercado de Energias Renováveis 2018 da ME (Agência Internacional de Energia), "oriundo de fontes renováveis".

Segundo o estudo, o país deverá somar quase 45% de fontes renováveis no consumo final de energia em 2023, principalmente em função da bionergia nos transportes e na indústria e da hidroeletricidade, no setor elétrico. Atualmente, esse percentual corresponde a cerca de 43%.

Para o diretor-executivo da AIE, Faith Birol, o Brasil é "a estrela ascendente no uso sus-tentável da energia". "A enorme parcela de renováveis na matriz energética brasileira é uma fonte de inspiração para muitos países em todo o mundo.

A ênfase que o governo brasileiro tem colocado nas energias sustentáveis é única", disse Birol, em mensagem enviada para o lançamento do relatório no Brasil no Palácio Itamaraty. O analista de Mercados de Energias Renováveis da AIE, Heymi Bahar, também destacou a liderança do Brasil na energia renovável. "Queremos que outros países sigam os passos do Brasil na questão dos renováveis para cumprir os compromissos do Acordo de Paris (sobre mudanças climáticas). O país tem muito a mostrar ao mundo", disse Bahar, um dos principais autores do documento.

O relatório indica que o ano de 2020 será "crucial" para as políticas de biocombustíveis ao redor do mundo pois entrará em vigor na China a mistura obrigatória de 10% de etanol à gasolina. Além disso, no Brasil, prevê-se que a RenovaBio (Política Nacional de Biocombustiveis), regulamentada este ano, fortalecerá as bases econômicas da produção de biocombustíveis, acelerando os investimentos em nova capacidade instalada e na produção de usinas existentes. Ainda segundo o estudo, até 2020, a política de biocombustíveis recentemente anunciada na Índia também deverá resultar em aumento da produção.

De acordo com o levantamento, a bioenergia moderna (etanol, biodiesel) representou 50% do consumo energético global "oriundo de fontes renováveis" no ano passado, quatro vezes mais que as fontes solar fotovoltaica e eólica combinadas. Em 2023, segundo a projeção da AIE, a bioenergia deverá permanecer como a principal fonte de energia renovável, "embora sua participação proporcional deva diminuir ligeiramente, devido à expectativa de aceleração da expansão das fontes eólica e solar fotovoltaica no setor elétrico".

O relatório projeta que a participação de fontes renováveis na demanda energética global deverá aumentar para 12,4% em 2023, um quinto a mais que no período 2012-2017, e que as energias renováveis vão responder por cerca de 40% do crescimento do consumo energético mundial projetado para os próximos cinco anos. O subsecretário-geral de Meio Ambiente, Energia, Gênda e Tecnologia do Ministério das Relações Exteriores, embaixador José Antonio Marcondes, destacou a importância da plataforma para o Biofuturo, iniciativa multilateral de 20 países

para promoção da bioeconomia sustentável de baixo carbono, concebida pelo governo brasileiro e lançada em 2016. Marcondes disse que a iniciativa contribui para estimular mudanças positivas em vários países, como na China, que anunciou recentemente plano de implementar a política nacional de mistura de etanol; no Canadá, está em elaboração um plano que "será exemplo de política sofisticada de redução de carbono na matriz de transportes", e na Índia, que mani-festou interesse em investir em biorrefinarias avançadas.

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