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Empresas da Zona Franca devem contratar até 5 mil temporários, diz Sindmetal

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06/11/2018

Notícia publicada pelo Jornal Acrítica

As empresas da Zona Franca de Manaus estão contratando aproximadamente 5 mil empregados temporários para este fim de ano, conforme informou o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas (Sindmetal), Valdemir Santana. O processo de contratação já está em fase de finalização, e os trabalhadores temporários devem assumir os postos de trabalho até o fim desta primeira quinzena de novembro. A quantidade é superior aos contratos temporários de 2017, quando foram recolocados no mercado cerca de 4 mil colaboradores.

Segundo Santana, antes do período eleitoral, o sindicato fez um acordo com algumas empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM) para abertura de cinco mil postos de trabalho. De julho a setembro, 3.500 pessoas foram contratadas. As 1.500 vagas restantes serão fechadas até a próxima semana por candidatos que estão nas etapas finais do processo de recrutamento e seleção.

“Na sexta-feira conversei com uma empresa que fabrica carregador de celulares e eles vão contratar 90 pessoas. Tem outra, que fabrica lâmpada LED, que também vai contratar. Essas pessoas estão sendo contratadas diretamente pelas empresas. Com minha experiência nesses acordos, cerca de 60% a 70% desses temporários têm o contrato renovado pela própria empresa”, disse o presidente do Sindmetal.

Ainda conforme Santana, os novos funcionários são admitidos com base na Lei nº 6.019, que regulamenta os serviços temporários no Brasil.

Produção

O Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam) vê com otimismo o fim de ano no Polo Industrial de Manaus. De acordo com o vice-presidente, Nelson Azevedo, a estimativa é que as empresas tenham uma produção entre 20% e 25% maior nos últimos meses de 2018, em comparação com o mesmo período de 2017.

Outro dado que aumenta o otimismo é a manutenção dos empregos na indústria. Mesmo que muitas empresas - antes com funcionamento em até três turnos - estejam apenas com um turno.

“Neste momento, a gente entende que existe uma confiança, então, vamos esperar que os investimentos voltem, e aí, com certeza, o impacto será maior na geração de empregos”, avaliou Azevedo. A expectativa é que a confiança dos empresários aumente no próximo ano e, consequentemente, a recuperação seja mais acelerada, principalmente nos setores de eletroeletrônicos e no das montadoras de duas rodas.

Para Azevedo, apesar dos reflexos da crise ainda estarem presente na Zona Franca de Manaus, ela está controlada e as empresas têm demonstrado mais ânimo na área de investimentos. “Grande parte das empresas já está admitindo, mas com muita cautela e quando se examina a estatística da quantidade que entra e que sai, está sempre dando um impacto positivo porque se está contratando mais do que se está dispensando”, avalia.

A última Sondagem Industrial, divulgada no mês de outubro mostrou que a ociosidade no setor continua elevada e os estoques estão acima do planejado. O levantamento apontou que o alto custo da matéria-prima e taxa de câmbio ganharam importância entre os obstáculos enfrentados pelos industriais. Por outro lado, há leve melhora das condições financeiras das empresas.

De acordo com a pesquisa, o índice de evolução da produção foi de 47,2 pontos e o de nível de emprego ficou em 49,2 pontos em setembro.

Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a demanda fraca e a fragilidade financeira das empresas dificultam a recuperação da indústria. Mas, apesar de contida, há uma expectativa de melhora na demanda e nas exportações.

Evolução da mão de obra

A evolução da mão de obra no Polo Industrial de Manaus (PIM) de 2018 é a segunda pior dos últimos cinco anos, conforme levantamento realizado pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa). Os últimos dados são de agosto deste ano, e mostram que havia, até então, 86.779 empregados nas indústrias da capital, incluindo trabalhadores efetivos, temporários e terceirizados.

Dos últimos cinco anos, 2014 foi o período em que a indústria estava com as contratações em alta. No mês de agosto eram 120.211 funcionários sob os três regimes de contrato. No mesmo mês de 2015, por exemplo, já eram 20 mil trabalhadores a menos nas empresas do Distrito Industrial de Manaus.

Em 2016 o número caiu para 86.782, e 2017 - pior ano da estatística - eram 86.385 funcionários. A relação de mão de obra por subsetores mostra que a área de eletroeletrônico é a área com mais funcionários, depois vem o duas rodas, seguido do termoplástico.

Blog: Osíris Silva, economista

Eu não sou pessimista, mas são deduções conjunturais. Este é um período em que, tradicionalmente, as contratações aumentam por causa das compras natalinas e etc. Só vamos ter uma tendência consolidada em relação à Zona Franca de Manaus no momento em que você tiver uma consolidação do emprego no Brasil. Para a Zona Franca os negócios são puxados pelo aumento de vendas no País. Eu prefiro esperar o próximo ano porque o cenário ainda está muito desfavorável. O crescimento do País não vai chegar a 1,5%. É acho que, por enquanto, esse crescimento é sazonal. Mas nós estamos confiando que o Brasil vai se recuperar. Temos tudo para recuperar esse País.

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