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Empresas apostam na diversificação

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14/10/2013

Enquanto a venda de motos street para as emergentes classes C e D esbarra na falta de aprovação de créditos para o financiamento, o mercado volta os olhos para as chamadas motos premium, com mais de 500 cilindradas. Elas estão ajudando a recuperação nas vendas, atestada pelo crescimento de 2,4% em 2013, passando de 36.440 unidades vendidas até setembro do ano passado para 37.310 no mesmo período deste ano. A chegada de novas marcas no Polo Industrial de Manaus ajudou nesta recuperação.

Apesar de poucas unidades vendidas (os modelos street de baixa cilindrada, por exemplo, têm 85% do mercado), estas representam um novo mercado e um novo público que pode comprar uma chamada “moto dos sonhos” sem se preocupar com créditos e financiamentos, geralmente formado por jovens empresários e que pagam à vista. Esse novo segmento aposta em inovação e conforto, o preço a ser pago é alto e nos stands de vendas só se mostram as vantagens. Outra vertente de comércio das supermotos são os produtos licenciados que mantêm a marca em evidência e permitem a quem não tem tanto dinheiro assim, possuir um objeto de sua preferência.

Nacionalização é solução

Algumas destas empresas já produzem no Brasil e veem Manaus como um importante polo, inclusive nacionalizando a produção de componentes, como explica o presidente da Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares) Marcos Fermanian “esse é o caminho para novos polos de desenvolvimento, cada vez mais devemos produzir com características brasileiras. E todas as empresas que estão no PIM desejam ficar, é essencial essa consolidação. Já foi criada uma rede de fornecedores e de logística e não há razões para deixar Manaus.”

Entre os expositores “premium” um dos mais icônicos a Triumph renovou os laços com o PIM, dos 15 modelos da marca, agora 12 são fabricados em Manaus, o maior número produzido fora da matriz britânica. A marca que está a apenas 11 meses no Brasil, espera aumentar o número de concessionárias no país. A Motor Harley Davidson, também produzindo em Manaus, aposta no crescimento do mercado premium, anunciando novas lojas e assim como a Triumph, lançando modelos com exclusividade e em edições limitadas.

Comemorando 90 anos de atividades e 18 de Brasil, a alemã BMW Motorrad é outra que aposta no PIM, segundo o diretor da BMW na América Latina, Federico Alvarez “temos no Brasil nosso quinto mercado mundial, com 107 mil motos vendidas, só em 2012 foram 7.500. Com o novo modelo fabricado em Manaus esperamos superar e sermos a única marca presente em todas as Américas”. Para atingir o objetivo, a marca anuncia planos de financiamentos mais acessíveis e competitivos com redução de até 60% e o uso de suas motos por forças de autoridades brasileiras (bombeiros, policiamento e Detrans).

A Dafra Motos além das motos com linhas clássicas em modelos de baixa cilindrada (Kansas é seu produto mais conhecido), investe em bicicletas elétricas em sua fábrica amazonense. Os novos modelos com motor na garupa, têm um torque maior (inovação que deve ser seguida por outras do segmento) e autonomia de 70 km. As bikes elétricas e scooters Dafra recebem ajustes de técnicos brasileiros no PIM para adequação às nossas ruas e estradas. A marca italiana tem linhas de produção exclusivas em Manaus e montadores também da cidade. A Dafra recebe as peças para serem montadas no PIM, o que torna seus preços mais competitivos, fazendo com que seus produtos encarem motos mais tradicionais

Tradicionais


Presente no salão de Duas Rodas, a Moto Honda da Amazônia com números expressivos no PIM (em receita e empregos), que tem boa parte das suas vendas ancoradas nos modelos mais básicos, promete novidades para o polo de Manaus “pretendemos aumentar o índice de nacionalização de componentes no PIM e com isso fazer com que todas as motos vendidas na América do Sul e do mundo tenham componentes de fabricação própria” disse o presidente da Moto Honda da Amazônia, Issao Yamaguch. A Honda ainda anunciou a implantação no fim de outubro de um Centro Educacional de Trânsito Honda e deu um Centro de Treinamento de Segurança. Nos centros de treinamento foram aplicados R$ 10 milhões na capital amazonense.

A Yamaha Motos que ocupa o segundo lugar em vendas no Brasil (12% do total) em 2012 atingiu as seis milhões de unidades vendidas, espera aumentar o número para 8,5 milhões em 2015. Uma das apostas é um novo modelo exclusivo da Fazer, moto fabricada no Brasil de 150 cc, mas com tecnologia que a coloca em outra categoria, as baixas cilindradas com luxo. A Honda no ano de 2012 investiu cerca de R$ 100 milhões em Manaus. O presidente da Yamaha do Brasil, Shigeo Hayakawa, comemora “todas as fábricas premium, comemoram as vendas, mas estamos atentas ao mercado, apostando em tecnologia e inovação para todas as nossas categorias. Creio que esta estratégia será o melhor para o setor de duas rodas.”

Fonte: JCAM

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