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Empresários se adaptam e crescem durante a pandemia, diz Sebrae

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24/04/2020

Fonte: Em Tempo

Donos de pequenos negócios que se adaptaram mais rapidamente ao momento de crise têm mais chances de se manter no mercado. Pesquisa realizada pelo Sebrae, entre os dias 3 e 7 de abril, mostra que, para além do amplo impacto negativo para quase 88% dos empresários, alguns segmentos, mesmo afetados pelo avanço do novo coronavírus (Covid-19), como o comércio varejista e o ramo de alimentos e bebidas, conseguiram equilibrar o fluxo de caixa e até registrar crescimento no faturamento.

O levantamento, que ouviu 6.080 empreendedores de todo o país, estima que 400 mil pequenos negócios tiveram aumento médio de 47% na receita. De acordo com o Presidente do Sebrae, Carlos Melles, pequenos negócios que passaram a inovar e mudaram seu modelo de negócio, estão conseguindo se manter.

“Observamos que, ainda que em um percentual baixo, se comparado ao resultado macro da pesquisa, os empresários que enxergaram oportunidades e se reinventaram saltaram na frente dos outros. Segundo nossa pesquisa, entre as micro e pequenas empresas que tiveram crescimento na receita durante a crise, cerca de 48% mudaram o modo de funcionamento, apostando mais em entregas online e serviços na internet”, explicou o presidente.

Dentre os 14 segmentos analisados na sondagem restaurantes, lanchonetes, marmitarias e afins, são exemplos de como a adaptação e a inovação podem render resultados positivos. No segmento de alimentos e bebidas, por exemplo, 92% dos que aumentaram o faturamento adaptaram o negócio ao modelo de entrega (delivery).

“Percebemos que os empresários que apresentaram crescimento no faturamento encontraram uma oportunidade de negócio, conseguiram capturar o mercado. Muitos deles já faziam entregas e investiam em marketing digital,” destacou o Melles.

A maior parcela dos entrevistados aposta fortemente nas entregas online (41,9%), mas um percentual igualmente representativo reduziu o horário para minimizar os gastos e ganhar fôlego (41,2%). O teletrabalho ocupa o terceiro lugar no ranking que elenca as principais medidas adotadas pelos pequenos, para se manter de pé em meio aos abalos sísmicos causados pela Covid-19 (21,6%).

Experiência

Em Brasília, o português Hugo Laurentino é um desses empreendedores que já realizava o serviço de delivery e que rapidamente se adaptou ao novo momento. Com apenas sete meses em funcionamento, o Portugo - espaço especializado em doces e comidas típicas lusitanos -, mantém o funcionamento diário com entregas e serviço de retirada na loja (take away).

Mesmo com a crise gerada pela Covid-19, o empresário contou que o faturamento aumentou. Durante o feriado da Páscoa, por exemplo, o restaurante atraiu a clientela com a oferta de pratos de bacalhau e o famoso pastel de Belém. “Nossa Páscoa foi melhor que o Natal”, comemorou.

O empresário português explica ainda que mantém os custos da empresa com número pequeno de funcionários na loja física e preferiu investir no time de entregas. “Consegui manter a equipe da cozinha, uma pessoa no caixa e o pessoal das entregas”, explicou.

É válido registrar também que, apesar do isolamento social, algumas empresas dos segmentos do comércio varejista, moda, beleza e artesanato conseguiram resultados significativos implementando mudanças no modo de funcionamento, reduzindo horário, abrindo para serviços online e oferecendo entregas.

A PESQUISA EM DETALHES

Sua empresa mudou o funcionamento com a crise?

• 6,6% - não mudaram a forma de funcionar

• 31% - mudaram o funcionamento

• 58,9% - interromperam o funcionamento temporariamente

• 3,5 % - decidiram fechar de vez

Entre as empresas que mudaram seu funcionamento

• 41,9% estão atuando apenas para entregas ou online

• 41,2% - estão com horário reduzido

• 21,6% - adotaram o teletrabalho (home office)

• 15,3% - implementaram o rodízio de funcionários

• 5,9% - adotaram drive thru

Como seu negócio está sendo afetado em termos de faturamento mensal

• Aumentou - 2,4%

• Diminuiu - 87,5%

• Permaneceu igual - 2,9%

• Não sabe ou não quis responder - 7,2%

Em relação aos funcionários - tomou alguma medida?

• 46,8% - ainda não tomou medidas

• 28% -férias coletivas

• 17,8% - suspensão de contrato de trabalho

• 17% - redução da jornada de trabalho com redução de salários

Você precisará pedir empréstimos para manter seu negócio em funcionamento sem gerar demissões?

• 54,9% - sim

• 17% - não

• 28,1% - não sabe ou não respondeu

SOBRE AS MEDIDAS ANUNCIADAS PELO GOVERNO NAS ÚLTIMAS SEMANAS

Suspensão de contratos de trabalho e redução de jornada com compensação do governo para empregado

62% - ouviram falar

22,8% - conhecem bem

15,3% - não conhecem

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