29/04/2015
Eles querem sensibilizar o governo federal sobre as dificuldades que o polo industrial tem para se desenvolver, buscando apoio para diversificação de atividades industriais e comerciais, melhorias logísticas, oferta de energia elétrica, de telecomunicações e redução das burocracias estatais.
“O que nós vimos foi enfraquecimento, aumento o número de demissões, diminuiu o número de empresas que apresentaram projetos de investimentos, o CAS não se reúne desde agosto. Só isso faz com que não tenhamos mais projetos aprovados. Todos os indicadores do Polo Industrial são decrescentes. O simples fato de passar uma lei que os incentivos estão prorrogados por mais 50 anos não resolve nada. Uma coisa é estar no papel, outra coisas é transferir para a realidade empresarial”, disse Belisário Arce, organizador do evento e presidente da Panazônia.
As críticas em relação à gestão institucional do modelo foram citadas. Dos principais entraves estão a redução no número de projetos industriais que culminou com a ausência de reuniões do CAS que acontecem a cada bimestre e que estão paradas desde agosto 2014; a falta de um superintendente titular da Suframa, já que Gustavo Igrejas ocupa o cargo interinamente desde novembro passado; a falta de melhores condições de trabalho que tem motivado ameaças constantes de greves dos servidores da Suframa; e a falta de atenção vinda governo federal.
Compondo a mesa de para falar de “O papel do setor público para o fortalecimento da ZFM até 2073”, o superintendente da Suframa, Gustavo Igrejas, disse que o desenvolvimento de produtos é uma área em que a ZFM não conseguiu evoluir em seus 48 anos de história e que se mostra fundamental, quando analisados os cenários até 2073.
Em sua explanação, o economista e consultor Alfredo Lopes citou os altos custos do transporte hidroviário no Amazonas, que se torna duas vezes mais caros que o transporte pelos portos de Paranaguá (SP) e Santos (SP), os principais do Brasil.
Outra proposta trazida pelo presidente do grupo Bemol e Fogás, Jaime Benchimol, é tornar Manaus uma capital prestadora de serviço. Um exemplo é utilizar os galpões abandonados do distrito industrial em projetos para atrair call centers.
O secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energetico do Ministério de Minas e Energia, Altino Ventura Filho falou representando o governo sobre os investimentos federais para o setor energético.
Os debates do seminário vão gerar uma carta, e serão compilados em um livro com artigos escritos pelos participantes.
Seminário da Ufam traz debate ZFM
Com proposta de fortalecer a aproximação entre a comunidade acadêmica e o Polo Industrial de Manaus (PIM), a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) realizou ontem à noite o seminário o 1º Fórum de Inovação do PIM - InovaPIM, com a participação do empresário e ex-vice-governador Samuel Hanan.
Coordenado pelo professor doutor Roberto Barcellar Lavor explicou que a aproximação da universidade com a é importante na contribuição do conhecimento acadêmico para melhorar a produtividade industrial. “A tônica do mundo é inovar, aprimorar o processo, melhorar nossa capacidade de produção para se tornar uma via de mão dupla. Precisamos Capacitarmos nossos recursos humanos com condições de atender a moderna empresa”.
Segundo ele, ideia é mostrar do que somos capazes enquanto instituição na produção de conhecimento, processos, pesquisas e tudo que a instituição tem capacidade de trabalhar para o mercado.
Na ocasião foi lançado o Programa de Inovação Empreendedora, uma parceria do Sebrae Sebrae com a UFAM para promover o empreendedorismo universitário.
Fonte: Portal Acrítica.com.br