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Empresários ainda não aderiram a crédito para manter empregos no AM

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09/04/2020

Fonte: Em Tempo

Maria Eduarda Oliveira

Duas semanas depois das paralisações em linhas de produção da indústria amazonense e do fechamento das portas do comércio não essencial em Manaus, diante da crise criada pelo novo coronavírus (Covid-19), representantes dos setores afirmam que nenhuma empresa do Amazonas aderiu a nenhum programa de crédito oferecido pelo governo federal, para a manutenção dos negócios e dos empregos.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) abriu, a partir desta quarta-feira (8), acesso a recursos para o Programa Emergencial de Suporte a Empregos, anunciado no dia 27 de março pelo presidente da instituição, Gustavo Montezano, que é destinado à folha de pagamentos de pequenas e médias empresas.

O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Amazonas (Fecomercio-AM), Aderson Frota, disse que o BNDES atua por meio dos bancos e que cada empresa procura o seu para fazer a operação. “O próprio empresário procura seu banco e se informa sobre os procedimentos necessários. Mas, isso vai de cada um. No momento não sei informar quantos do comércio estão aderindo”, alegou.

O presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), Wilson Périco, afirmou que muitas empresas buscaram seus bancos públicos e privados, mas acabaram não conseguindo as linhas de financiamento que o Governo Federal afirmou que estariam disponíveis. “Estamos nos movimentando para cobrar do governo que as medidas realmente cheguem para essas empresas”, declarou.

Périco explicou ainda que o Banco da Amazônia e a Agência de Fomento do Estado do Amazonas (Afeam) estão trabalhando junto com o Governo do Estado para conseguir linhas de créditos que possam ser utilizadas, por micro e pequenas empresas, mas que também trabalham com a possibilidade de ajudar médias e grandes, dependendo do valor que cada uma delas precisa. “É uma medida forte do governo estadual para encontrar uma alternativa financeira para que os empresários possam preservar sua folha de pagamento e o capital de giro”, destacou.

O presidente da Associação Nacional da Indústria de Eletroeletrônicos (Eletros), José Jorge do Nascimento Junior, disse que as indústrias do segmento eletroeletrônico, instaladas na Zona Franca de Manaus (ZFM), ainda não aderiram ao programa, pois a maior parte delas ainda está em funcionamento e outras ainda acreditam que não precisam. “Se a crise se prolongar e o isolamento continuar, provavelmente muitas irão buscar aderir”, afirmou.

O vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Nelson Azevedo, disse não ter informações sobre a adesão de empresas ao programa, mas que está no aguardo para saber quantas vão optar por essa saída. “A abertura é recente. Creio que, a partir de amanhã, teremos maiores movimentações. Quem sabe a partir de segundafeira (13) teremos empresários aderindo”, observou.

Como funciona O Tesouro Nacional informou que liberaria R$ 17 bilhões para a primeira parcela dos recursos. No total, o BNDES terá R$ 40 bilhões, a metade por mês, para o financiamento de dois meses da folha de pagamento dessas empresas. A maior parte, R$ 34 bilhões, tem origem no Tesouro Nacional e R$ 6 bilhões são recursos dos bancos.

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