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?Empresa vai investir R$ 1 bilhão em Azulão

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26/08/2019

Reportagem publicada pelo Jornal Acrítica

Localizado entre os municípios de Silves e Itapiranga campo de exploração de gás natural entra em atividade em outubro Vinte anos depois de ser descoberto, o campo de gás
natural Campo do Azulão, situado entre as cidades de Silves e Itapiranga, a cerca de 300 km de Manaus entrará em atividade no mês de outubro. A exploração será feita pela Eneva,empresa do ramo petrolífero que comprou os direitos da Petrobras em 2018, por R$200 milhões.

De imediato, cerca de 1 mil empregos devem ser gerados nas atividades de perfuração e instalação de equipamentos.

A previsão foi anunciada em um encontro ocorrido na Secretaria de Relações Institucionais do Amazonas (Serins), em Brasília, entre o governador Wilson Lima (PSC) e executivos da empresa.

Ao jornal A CRÍTICA, a coordenadora de relações institucionais da Eneva, Elisa Soares, destacou que a empresa já atua há dez anos no Maranhão, e vê muito potencial no Campo do Azulão.

"A gente entende que o Azulão dando certo, pode ser um grande indutor de crescimento e investimento pra bacia e pro interior do Amazonas, porque ela vai gerar receita, emprego e renda, arrecadação de impostos não só para o Estado, mas para o município onde está localizado. Então, a gente acha o projeto interessante porque ele traz ­ do ponto de vista de desenvolvimento econômico uma atividade diferente e interessante para o desenvolvimento do interior", destaca a executiva.

O investimento inicial para desenvolver as reservas a curto prazo será de R$ 1 bilhão, segundo a representante da empresa. A estimativa é que dentro de 30 meses o Azulão comece a produzir e gere mais empregos tanto na cidade, quanto nos arredores, já que será demandado hospedagem, alimentação e outros serviços para os funcionários em atividade.

Wilson Lima afirmou que o Estado tem atuado para que a exploração tenha início. "Na parte que cabe ao Estado, temos dado celeridade aos trâmites no sentido de desburocratizar o que é possível, isso porque entendemos que a questão mineral é fundamental para o desenvolvimento do nosso Estado, como uma nova matriz econômica, principalmente o gás natural, que é importante inclusive para atrair investimentos em outros segmentos. Sem dúvida, será um importante avanço", frisou o governador.

Atualmente, não há produção de gás na Bacia do Amazonas, apenas na Bacia do Solimões, onde a Petrobras opera os campos de Urucu, conectados à capital pelo gasoduto Coari- Manaus.

Compensação para municípios

Com a exploração do gás natural, Silves e Itapiranga vão começar a receber royalties, uma compensação financeira de vida aos municípios pelas empresas que exploram petróleo e gás natural no território brasileiro e à sociedade pela exploração do bem natural não renovável. Os royalties incidem sobre o valor da produção do campo e são recolhidos mensalmente pelas empresas concessionárias por meio de pagamentos efetuados à Secretaria do Tesouro Nacional (STN) que repassa os valores aos beneficiários. Segundo o Portal da Transparência do governo federal, Coari recebeu, de janeiro a julho deste ano, R$ 100 milhões a título de royalties. O maior repasse ocorreu no mês de julho, que chegou a R$ 60 milhões. Por conta da exploração de gás e petróleo na base de Urucu. Nos 12 meses de 2018, o acumulado foi R$ 86,5 milhões. No Amazonas, o município é o que mais recebe compensação pela exploração mineral. O cálculo é feito por três fatores: alíquota dos royalties do campo produtor, que pode variar de 5% a 10%; a produção mensal de petróleo e gás natural produzidos pelo campo; e o preço de referência do produto no mês.

Em números # 400 mil Reais por mês devem ser pagos pela Eneva para o Estado, por meio do Fundo de Promoção Social, que é um fundo público, de natureza financeira, vinculado à Casa Civil que tem como finalidade promover o desenvolvimento da cidadania e a busca da equidade social e econômica através de ações prioritárias.

ENERGIA

A partir do início das atividades, o gás produzido na Bacia do Amazonas vai gerar energia elétrica também para Roraima, que atualmente é abastecida pela Venezuela. Um leilão realizado em maio e vencido pela Eneva, concedeu o direito de construção da usina termoelétrica Jaguatirica II, no estado vizinho, que vai operar com 117 MW de potência. De acordo com a agência EPBR, o gás natural do campo de Azulão será liquefeito e transportado por carretas para Boa Vista, onde será instalada a UTE Jaguatirica II.

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Outra empresa

A petrolífera HRT, que transformou-se em PetroRio, detinha os direitos de exploração do Campo do Azulão e trabalhou na atividade de perfuração durante quase dez anos, perfurando cerca de 15 poços, que apresentaram gás natural e apontaram a existência de óleo. Após prejuízos, as operações foram reduzidas até a Petrobras adquirir novamente os direitos e vender posteriormente em leilão para a Eneva.

ENEVA

A Eneva é uma companhia brasileira integrada de energia com negócios complementares em geração, exploração e produção de hidrocarbonetos. É a terceira maior empresa em capacidade térmica do País, responsável por 11% da capacidade térmica a gás instalada nacional.

Análise

Jório Veiga

SECRETÁRIO DE PLANEJAMENTO, DESENV., CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

`Vai gerar mil empregos'

O Campo de Azulão foi declarado comercial em maio de 2004. Está situado à margem esquerda do rio Amazonas nos municípios de Silves e Itapiranga, a cerca de 210 km a leste de Manaus. dos do leilão, a UTE deve demandar R$ 425 milhões. Institutos e ambientalistas procurados pela reportagem não souberam comentar os impactos ambientais que a exploração do gás natural na Bacia do Amazonas pode gerar. Durante essa primeira fase vai gerar algo em torno de 1 mil empregos em todo o processo, porque tem construção, tem montagem, os processos de perfuração, base, a construção da unidade de liquefação e da estação de carregamento de caminhões. Em dois anos mais ou menos vai começar as atividades que vão ficar gerando impostos e taxas para o Estado, que vai reverter para a população que está lá e também fazer que várias atividades ocorram nos municípios próximos, como hospedagem das pessoas que vão fazer os trabalhos e isso gera atividade do comércio em geral, restaurantes, a movimentação de caminhões gera necessidade de serviços ao longo da rodovia, é uma melhora em cadeia. São várias segmentos, especialmente serviços, hospedagem e alimentação e toda a parte de transporte. O Ipaam concedeu licença de instalação foi resolvida, a empresa ganhou o fornecimento de energia e vai usar o gás produzido em Azulão para construir a Usina Elétrica de Jaguatirica, em Roraima.

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