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Empregos no Amazonas mantém alta em agosto

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30/09/2021

Marco Dassori

O saldo de empregos com carteira assinada cresceu pelo sexto mês seguido, no Amazonas, entre julho e agosto, embora tenha desacelerado em relação ao mês anterior. O Estado criou 5.847 postos de trabalho celetistas, gerando alta de 1,33% na variação mensal, dada a predominância das admissões (+19.883) sobre os desligamentos (-14.036). Foi um resultado inferior ao registrado no mês passado (+1,68% e +7.286). Como de costume, os acréscimos se concentraram principalmente em Manaus (+5.463 e +1,36%), sendo puxados novamente pelo setor de serviços.

O desempenho mensal do Amazonas bateu mais uma vez as médias nacional (+0,90%) e da região Norte (+1,03%). Com isso, o Estado conseguiu se manter no azul nos saldos dos acumulados do ano (+6,03% e +25.394) e dos últimos 12 meses (+9,87% e +40.087), com ajuste. O estoque – que é a quantidade total de vínculos celetistas ativos – registrado no mês passado foi de 448.639 ocupações formais. Os números estão na mais recente edição do “Novo Caged”, divulgada pelo Ministério da Economia, nesta quarta (29).

A mesma base de dados informa que o Brasil apresentou saldo de 372.265 empregos celetistas, em julho, em decorrência de um novo predomínio das contratações (+1.810.434) sobre as demissões (-1.438.169). Impulsionado pelo setor de serviços (+180.660), o resultado superou julho (316.580), junho (309.114), maio (+280.666), abril (+120.935) e março (+184.140), mas ainda ficou aquém da marca de fevereiro (+401.639) deste ano. No acumulado de 2021, já foram criadas 2.203.987 vagas (+5,71%), levando o estoque a contabilizar 41.566.955 vínculos empregatícios em todo o país.

Também foi informado que o Brasil registrou um saldo total de 11.788 empregos na modalidade de trabalho intermitente – sendo que 259 empregados celebraram mais de um contrato nessa condição –, envolvendo 5.662 estabelecimentos contratantes. “Do ponto de vista das atividades econômicas, o saldo de emprego na modalidade de trabalho intermitente distribuiu-se por serviços (+7.095 postos), comércio (+1.986 postos), construção (+1.607 postos), indústria geral (+1.126 postos), e agropecuária (-26 postos)”, informou o Ministério do Trabalho, em texto postado pela Agência Brasil).

Serviços na frente

Assim como ocorrido nos três últimos meses, todos os cinco setores econômicos listados no Amazonas pelo “Novo Caged” conseguiram saldos positivos, entre julho e agosto. Em números absolutos, o melhor dado veio novamente do setor de serviços, que abriu 2.956 novas vagas celetistas, gerando acréscimo de 1,51% em relação ao estoque de julho – embora o número tenha ficado abaixo do apresentado no levantamento anterior (+3.162).

Em números absolutos, o melhor dado veio do grupo que reúne as atividades de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (+1.684 ocupações), com incremento mensal de 1,97%, seguindo a tendência da média nacional. A maior variação veio do segmento de alojamento e alimentação (+2,02%), que abriu 346 novas vagas. Em contraste, o único dado negativo veio dos serviços domésticos, que eliminaram 11 postos de trabalho, ao recuar 6,92%.

Em um mês sem nenhuma data comemorativa para incentivar o consumidor a comprar, o comércio conseguiu se manter na segunda posição. O setor comercial – que reúne também a atividade de “reparação de veículos” – registrou alta de 0,91% e abriu 959 novos postos de trabalho – praticamente metade do número de julho (+1.857). Os resultados foram novamente melhores no varejo (+860), do que no atacado (+53) e no subsetor de veículos (+46) – contra os +1.488, +257 e +112 anteriores, respectivamente.

Com geração 794 de postos de trabalho – metade do saldo de julho (+1.581) –, a indústria caiu da terceira para a quarta posição e avançou 0,71%. A maior parte das vagas veio da indústria de transformação (+765), que também reduziu o passo em relação ao dado precedente (+1.440). Foi seguida pela indústria extrativa (+48), enquanto a divisão de eletricidade e gás pontuou estabilidade, e o segmento de água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação (-19) entrou em campo negativo.

Em contrapartida, a construção (+867) subiu da quarta para a terceira colocação, ao abrir quantidade maior de vagas do que em julho (+678), com variação mensal positiva de 3,59%. Foi puxada pelas atividades de obras de infraestrutura (+587) e serviços especializados para construção (+340), em detrimento da construção de edifícios (-60). Já a agropecuária voltou a ficar na última colocação, com a geração de 271 vagas, embora tenha apresentado a maior expansão da lista (+8,01%).

No acumulado do ano, o setor de serviços (+10.970) também foi o que mais abriu novos postos de trabalho, ao crescer 5,84%. Na sequência estão a indústria (+6,28% e +6.675 vagas) e comércio (+4,06% e +4.125). Embora tenha ficado no quarto lugar do ranking, a atividade de construção civil (+3.212) também foi a que mais cresceu nesse tipo de comparação (+14,71%). Já a agropecuária avançou 12,71%, e gerou 412 novos empregos.

Vacinas e expectativas

Em nota, o Sinduscon-AM (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Amazonas) ressaltou que, diante dos números do ‘Novo Caged’, “já é possível” dizer que o setor “permanece em crescimento no Estado”. A entidade destaca, contudo, deformações na base de comparação, tendo em vista que “no período atípico” de 2020, houve “grande desligamento” de trabalhadores nas construtoras, em função da pandemia.

“Em 2020 tivemos um estoque de 21.833 trabalhadores. Só de janeiro a agosto, o número subiu para 25.045. O Sinduscon-AM acredita que os postos de trabalho tendem a crescer ainda mais, por conta de ampla cobertura vacinal, crescimento da expectativa empresárial e futuros lançamentos imobiliários para o último trimestre do ano”, asseverou a nota.

“Fatores exógenos”

O presidente da Fieam (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas), Antonio Silva, lembra à reportagem do Jornal do Commercio que o mundo ainda vive um período de instabilidade econômica, e que não há como precisar se a retomada será contínua. “Muitos fatores exógenos impactam nos indicadores da indústria: inflação, queda no índice de confiança, escassez de insumos, a própria pandemia e instabilidade política, são alguns dos fatores que podem atrapalhar essa retomada. Nossas expectativas ainda são positivas, os números do PIM se mostraram sólidos, mesmo durante o ápice da crise, o que denota que se trata de um modelo consolidado e confiável. Esperamos que as vendas do final de ano tenham um reflexo positivo sobre os Indicadores Industriais”, ponderou.

Já o presidente da Assembleia Geral da ACA (Associação Comercial do Estado do Amazonas), Ataliba David Antonio Filho, considera que a tendência do setor é acelerar as contratações nos próximos meses, em função da sazonalidade. “Temos o Dia das Crianças, o Black Friday, o Natal e o Reveillon. Apesar de todos os problemas de inflação, juros, dólar e frete em alta, a abertura paulatina dos setores econômicos, a aceleração do processo de vacinação e a queda nas estatísticas da pandemia ajudam a desenhar um panorama melhor para o comércio. Esses meses serão de crescimento”, finalizou.

Fonte: JCAM

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