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Emprego sem retomada na indústria

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28/08/2018

Notícia publicada pelo Jornal do Commercio

Segundo dados do Caged (Cadastro de Empregados e Desempregados) divulgados na semana passada polo MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), o número de empregos criados em julho foi positivo com um acréscimo ante junho que já havia tido bons resultados por conta da Copa do Mundo, principalmente, para o setor da Indústria de Transformação responsável por 2.485 novas contratações, contra 2.032 desligamentos, fechando com um saldo positivo de 453 postos de trabalho.

Para representantes do setor industrial, apesar do saldo positivo, é preciso aguardar uma retomada maior e uma estabilidade.

Ao analisar os resultados, o presidente do Cieam (Centro da Indústria do Estado do Amazonas), Wilson Périco, aponta que os segmentos que tiveram maior participação, foram os segmentos não incentivados polo modelo Zona Franca.

Ele disse que a sazonalidade dos aparelhos do ar-condicionado com aproximação do fim de ano são fatores principais para o resultado. Já o eletroeletrônico com redução, ele atribuiu as incertezas por conta das eleições. Ele pondera ainda que o número de contratações na Indústria dependerá muito da definição do resultado do quadro eleitoral. "De qualquer forma, o fato de não termos aumento do desemprego já é um indicador positivo", disse Wilson Périco.

Nelson Azevedo, vice-presidente da Fieam (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas), credita esse bom desempenho a uma crescente, embora pequena, confiança do empresário. Para Azevedo, há mais incentivo para contratação). Além da confiança do próprio consumidor. "Após a greve dos caminhoneiros, os setores estão, aos poucos, tentando se recuperar. Ainda não é considerado estável, mas é uma pequena retomada, embora tímida, mas o cenário é melhor, declarou.

Azevedo acredita num momento de estabilidade para o segundo semestre com grandes perspectivas de melhoras. "Quando comparamos esses dados de um ano para o outro, conseguimos avaliar o desempenho dos outros, tanto de empregos, quanto da própria indústria. Vamos aguardar que continue esse crescimento, apesar de tímido, traz uma certa esperança", destacou. Ele também a ponta que a situação do país é muito delicada por conta da situação política.

Opinião

Segundo o economista Inaldo Seixas, apesar de um mês bom de geração de emprego, o resultado ainda é baixo se comparado a julho do ano passado. Mas desde 2013 foi o segundo melhor saldo no mesmo mês. "A volatilidade, seguiu uma trajetória boa, principalmente se tratando do setor industrial. Mas o resultado não pode ser considerado uma tendência de crescimento. E nem uma saída da crise. Provavelmente atemporal, analisou.

Apesar da performance, Inaldo lembra que o saldo positivo do emprego não segue uma linha de crescimento de saldos positivos de empregos "A taxa de desocupação ainda é grande, apesar de uma pequena melhoria do 12,7% para 12,12% no país, em contrapartida cresceu a informalidade. Vamos ter meses de bons resultados ou nao tão bons. Temos as eleições, o cenário de dólar crescente, muita instabilidade, muitas incertezas, temos que aguardar", disse Seixas.

Contratações

Os setores que mais contrataram no Estado foram, serviços com 3.949, indústria com 2.485 seguido do comércio com 2.481. A construção civil aparece com 1.031 novas postos de trabalho. No acumulado do ano foram 77.788 admissões e 76.449 desligamentos. De acordo com a pesquisa, o Amazonas liderou o setor de serviços, no país o setor que mais contratou foi a agricultura.

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