07/06/2016

O emprego e o faturamento do Polo Industrial de Manaus (PIM) voltaram a cair. O resultado das vendas retraiu 15,26% no acumulado de janeiro a abril desse ano, em relação ao mesmo período de 2015. Em abril foi registrada a ocupação de 81,9 mil postos de trabalho, o menor nível mensal desde 2004, quando as indústrias empregavam 80,6 mil trabalhadores.

De acordo com os indicadores de desempenho da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), as indústrias beneficiadas do Amazonas faturaram R$ 22,3 bilhões nos primeiros quatro meses do ano. Em dólar, o faturamento do quadrimestre foi de US$ 6 bilhões, recuo de 33,17% na comparação com o mesmo intervalo de 2015 (US$ 9 bilhões). A valorização média da moeda americana foi de 27,04% no período.

O subsetor Eletroeletrônico continua como o maior responsável pelo faturamento total do PIM, com 27,84% de participação. Já o polo de Duas Rodas que figurava em segundo lugar foi ultrapassado por Bens de Informática, com 18,73% de participação e aparece em seguida empatado com o polo Químico, com 15,15%.

Em relação ao primeiro quadrimestre de 2015, os segmentos que apresentaram crescimento no faturamento, em moeda nacional, foram: Bens de Informática do Polo Mecânico (126,43%), Madeireiro (52,44%), Naval (33,57%), Beneficiamento de Borracha (28,24%), Têxtil (26,01%), Brinquedos – exceto Bens de Informática (24,68%), Isqueiros, Canetas e Barbeadores Descartáveis (9,83%), Relojoeiro (6,35%) e Bebidas (0,63%).

Empregos

Em abril foi registrada a ocupação de 81.982 postos de trabalho, entre mão de obra efetiva, temporária e terceirizada, o que representa uma diminuição de 1,54% em relação ao mês anterior, quando o número estava em 83.268 postos. A média foi a menor desde julho de 2004 quando foram registrados 80.671 postos de trabalho.

A média mensal no primeiro quadrimestre do ano ficou estabelecida em 84.813 empregos, a mais baixa desde 2005.

A superintendente da Suframa, Rebecca Garcia, explica que a crise econômica que afeta o País teve impacto acentuado na Zona Franca de Manaus (ZFM) devido ao fato de que os produtos fabricados no PIM não são gêneros de primeira necessidade. “É normal que em momentos de crise os consumidores reduzam a aquisição de bens de consumo duráveis e priorizem bens como alimentos e bebidas, por exemplo”, disse.

Fonte: Portal D24am.com