O emprego na indústria recuou 0,4% na passagem de julho para agosto, na série livre de influências sazonais, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na sexta-feira (10). Foi a quinta queda consecutiva.

Na comparação com agosto de 2013, no acumulado do ano, os postos de trabalho na indústria recuaram 2,7%. Em 12 meses, a queda é de 2,4%.

De acordo com o IBGE, o número de trabalhadores caiu em praticamente todos os locais pesquisados, com destaque para São Paulo (- 4,8%) que foi impactado pela produção de meios de transporte. O emprego industrial também cedeu no Paraná (-5,2%), Rio Grande do Sul (-4,7%), Minas Gerais (-3,3%) e Norte e Centro-Oeste (-2,2%). Só Pernambuco teve leve alta de 0,6%.

Na análise dos setores, houve recuo em 14 dos 18 ramos pesquisados, com destaque para as pressões negativas vindas de meios de transporte (-7,5%), produtos de metal (-7,9%) e calçados e couro (-9,0%), entre outros. Na outra ponta, estão os impactos positivos nos setores de minerais não-metálicos (1,1%) e de produtos químicos (1,0%).

Em agosto, a produção da indústria nacional cresceu 0,7% na comparação com julho, conforme dados divulgados pelo IBGE no começo deste mês. Em relação a agosto do ano passado, porém, o indicador revela queda de 5,4%.

Folha de pagamento

O valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria aumentou 0,5% em agosto ante julho. No entanto, sobre agosto do ano passado a folha de pagamento caiu 1,6%. No ano, a folha subiu 0,4% e ficou estável em 12 meses.

Em agosto de 2014, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria caiu 0,8% frente ao mês imediatamente anterior. O número de horas pagas recuou 4,5% na comparação com agosto de 2013, a 15ª taxa negativa consecutiva neste tipo de confronto e a mais intensa desde outubro de 2009 (-5,3%). No ano, o volume de horas pagas acumula queda de 3,3%.

Fonte: DCI