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Emprego cresce em oito municípios amazonenses, aponta Caged

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30/05/2019

Notícia publicada pelo Jornal do Commercio

Apenas oito dos 22 municípios amazonenses listados pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) – em um universo de 61 – seguiram o Estado, ao apresentar aumento no saldo de postos de trabalho com carteira assinada em todas as comparações de períodos, no levantamento de abril.

Essa seleta lista inclui Autazes, Fonte Boa, Lábrea, Parintins, São Gabriel da Cachoeira, e Tabatinga, além de Manaus. O número foi inferior ao registrado no levantamento de março, quando 11 localidades seguiram essa tendência. Em contrapartida, apenas Iranduba se saiu mal em todas as comparações – contra três municípios, no mês anterior.

Na passagem de março para abril, o número de municípios acima da média estadual (+0,35%) também foi oito. O maior crescimento percentual ficou em Fonte Boa (1,79%) – com apenas um emprego celetista e sem nenhuma demissão. O segundo lugar foi para Autazes (1,71%), que contratou 12 pessoas e demitiu seis. A queda mais expressiva foi sentida em São Paulo de Olivença (-2,53%)

Com 9.505 desligamentos, 11.016 admissões e alta de 0,37% sobre o estoque anterior, Manaus (+1.511 vagas) liderou em números absolutos de empregos formais, como era de se esperar. Parintins (+26) seguiu, de longe, na segunda posição. O maior decréscimo veio de Manacapuru (-20) e Borba permaneceu estável.

Em relação a abril de 2018, 13 municípios pontuaram acima da média amazonense (+2,01%), com destaques positivos para Fonte Boa (+32,56%), Autazes (+25,26%) e São Paulo de Olivença (+22,22%). Manaus (+7.906) e Manacapuru (+393) lideraram na quantidade de vagas formais abertas.

Sete localidades do Amazonas fecharam abril com mais demissões do que contratações em um período de 12 meses. Iranduba sofreu o maior tombo percentual (-14,40%) e o pior corte em números absolutos (-321 postos de trabalho).

No acumulado do ano, dez municípios pontuaram acima da média percentual do Amazonas (+0,68%), em um total de 14 que encerraram no azul. Os maiores incrementos em relação aos quatro meses iniciais de 2018 vieram de São Paulo de Olivença (+20,31%), Manacapuru (+8,65%) e Autazes (+7,85%).

Manaus (+0,62%) ficou abaixo da média, embora tenha respondido pela maior parte dos números absolutos, com 2.552 das 2.968 vagas criadas no período. Bejamin Constant e Fonte Boa não tiveram alterações em seus estoques. Os destaques negativos ficaram no Careiro (-8,33%), em Iranduba (-3,54%) e em Maués (-1,02%).

CASTANHA E MOVELARIA

Na avaliação do prefeito de Lábrea, Gean Barros, o bom desempenho do município no Caged se deve às políticas públicas da prefeitura para geração de oportunidades profissionais, favorecidas pelo equilíbrio nas contas municipais, com pagamentos em dia e concursos públicos. Essa dinâmica, segundo o gestor, gerou resultados também nas vendas e contratações do comércio local, além de transformar a cidade em um canteiro de obras.

“Tivemos muitas obras de infraestrutura, de pavimentação e recuperação de unidades de serviços públicos de educação e saúde. Essas áreas também ganharam concursos públicos para professores e agentes de saúde. O extrativismo da castanha cresce, com agricultura familiar e canteiros comunitários. A pesca e a movelaria também estão bem e são foco na busca de mais investimentos, inclusive para a construção de um frigorifico”, informou.

LEITE E TURISMO

Prefeito de Autazes, e ex-presidente da AAM (Associação Amazonense dos Municípios), Andreson Cavalcante, também atribui os bons números do município principalmente a sua capacidade de manter as contas em dia, com reajustes salariais e a contratação de mais servidores em concursos públicos.

“Destaco também o turismo, que está em alta, favorecido pelo fato de termos conseguido asfaltar toda a cidade. Há ainda o fortalecimento do setor primário, especialmente a cadeia produtiva do leite, impulsionada pelas políticas da prefeitura. E há muitas obras em andamento, sejam elas municipais, estaduais ou federais”, listou.

OLARIAS E LOTEAMENTOS

Em depoimento anterior, o prefeito de Iranduba, Francisco Gomes – também conhecido como Chico Doido –, disse ao Jornal do Commercio que o município vem sofrendo com o desmonte do polo oleiro nos últimos anos, além da perda de espaço da agricultura para loteamentos para construção residencial.

“As olarias empregavam muita gente, mas chegamos a perder 30% delas, em função de problemas ambientais no processo produtivo, e do aumento do preço do tijolo. No caso dos loteamentos, muita gente está preferindo vender terra a investir na agricultura. O aumento da oferta foi tão grande, que estamos investigando para ver se há alguma irregularidade”, concluiu.

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