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Empregabilidade em cheque

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28/01/2021

Fonte: Jornal do Commercio

A procura por seguro-desemprego no Amazonas voltou a desacelerar na variação mensal, em dezembro. Mas, diferente do ocorrido nos meses anteriores, já aponta alta na comparação com igual intervalo de 2019. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a quantidade de requerimentos avançou 10,87%, passando de 4.196 (2019) para 4.652 (2020). Em relação a novembro de 2020 (4.801), houve recuo de 3,10%.


Os pedidos se concentraram principalmente na segunda quinzena do mês (2.623), a despeito dos feriados.


No acumulado do ano, a quantidade de solicitações totalizou 73.014 requerimentos no Estado, 1,14% a mais do que o contabilizado nos 12 meses do exercício anterior (72.190). Dezembro, entretanto, foi o mês com o menor número de pedidos, ficando bem abaixo do pico registrado no pico de maio (10.112), mês do auge da primeira onda de covid-19 no Amazonas. Os dados são da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia.


Os valores pagos pelo seguro desemprego no Amazonas encostaram nos R$24,44 milhões no mês passado, sendo que o valor médio nas parcelas foi de R$ 1.293,63 -em um total de 18.890 parcelas pagas localmente. Foi apresentado um decréscimo de 10,96% em relação a novembro de 2020 (R$ 27,45 milhões) e uma retração de 24,33% no confronto com os números de dezembro de 2019 (R$ 32,30 milhões).


O Estado seguiu a tendência da média nacional, embora com percentuais comparativamente piores. O Brasil registrou 425.691 solicitações de seguro desemprego no último mês do ano passado, com baixa de 4,63% frente a novembro de 2020 (446.372) e queda de 1,98% ante dezembro de 2019 (434.285). No acumulado, contudo, os requerimentos subiram de 6,655 milhões (2019) para 6,784 milhões, uma diferença de 1,94%.


Idade e instrução


Em razão da pandemia, a maior parte dos registros foi realizada pela web (81% e 3.768). Assim como ocorrido em novembro, a maioria esmagadora dos trabalhadores amazonenses que buscou seguro-desemprego no mês passado pertencia ao gênero masculino, com 64,79% das solicitações (3.014). O gênero feminino, por aia vez, respondeu por apenas 35,21% (1.638) dos registros. No mês anterior, os números foram 64,01% e 35,99%, respectivamente.


A faixa etária que respondeu pela maior parte das formalizações pelo seguro desemprego no Amazonas foi novamente a de 30 a 39 anos (36,07% ou 1.678), seguindo a tendência dos meses anteriores. Na sequência vieram aqueles que tinha entre 25 e 29 anos (20,38% ou 948), de 40 a 49 anos (19,86% ou 924), de 18 a 24 anos (14,62% ou 680), de 50 a 64 anos (8,66% ou 403) e 65 anos ou mais (0,32% ou 15).


Em termos de grau de intuição, a maioria dos solicitantes no Amazonas tinha ensino médio completo (72,35% ou 3.366). Foram seguidos de longe por aqueles que contavam com o superior completo (9,11% ou 424), fundamental incompleto (5,33% ou 248), fundamental completo (5,27% ou 245), médio incompleto (4,43% ou 206), superior incompleto (3,22% ou 150) e analfabetos (0,28% ou 13).


Em dezembro, as demandas dos trabalhadores amazonenses pelo benefício se concentraram especialmente no setor de serviços (40,26% ou 1.873). Na sequência vieram comércio (26,63% ou 1.239), indústria (21,78% ou 1.013), construção (10,04% ou 467) e agro- pecuária (1,29% ou 60). A faixa salarial predominante foi a que vai de 1,01 a 1,5 salário mínimo (40,18% ou 1.869), seguida por 1,51 a 2 mínimos (21,93% ou 1.020), 2,01 a 3 mínimos (14,16% ou 659) e abaixo de 1 mínimo (13,33% ou 620) -com as faixas acima dos 3 mínimos nas posições seguintes.


“Enxugando custos”


O presidente do Sindecon-AM (Sindicato dos Economistas do Estado do Amazonas), Marcus Evangelista, lembra que o último trimestre do ano passado registrou "um evento diferente" para a economia local, ao gerar aquecimento ímpar nos segmentos mais fortes do PIM -eletroeletrônicos e duas rodas -, com reflexos positivos nas contratações. O economista ressalta, contudo, que a tendência da virada do ano já é outra.


"Temos um outro ciclo da onda de desempenho das empresas seguindo para baixo, a partir do final de dezembro. Para conseguir se manter em funcionamento, várias estão enxugando seus principais custos, que estão justamente na folha de pagamento. E isso impacta em uma maior busca pelo seguro desemprego. Infelizmente é a nossa situação atual", lamentou.


No entendimento do presidente do Sindecon-AM, a situação só vai melhorar, quando o programa de imunização da população para conter a pandemia já estiver definido e plenamente operante. "Enquanto tivermos essas oscilações no funcionamento das empresas, pelos decretos, haverá incerteza quanto ao futuro. Isso passando, a tendência natural é que as fábricas do Polo Industrial recomecem a contratar e, com isso, o comércio também. Aí, estaremos novamente em um ciclo de criação de empregos e menor busca pelo benefício. Se isso ocorrer de forma célere, teremos um panorama mais favorável no segundo semestre", concluiu.


Mas, diferente do ocorrido nos meses anteriores, já aponta alta na comparação com igual intervalo de 2019

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