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Em seis meses, 1.349 empresas fecharam 'as portas' no Amazonas

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21/07/2020

Fonte: Acrítica

Mesmo tendo empresas fechando vêm outras que também estão se adequando ao momento. O próprio proprietário reajusta o aluguel do imóvel. O segmento de locação não parou. Existe oferta também. A expectativa do mercado imobiliário é muito grande devido às vantagens concedidas pelo governo e pelos bancos”, avalia.

Wallace Meirelles, economista

“Analisando os números da pesquisa, o Sul e Centro-Oeste dentre as demais regiões foram as que tiveram mais impacto e fecharam empresas por conta da pandemia conforme os dados do IBGE. Das que encerram definitivamente o menor percentual foi a do Norte, no entanto teve o maior percentual quanto ao encerramento temporário. Na questão do impacto negativo o menor percentual foi do Norte (61,7%). Quando nos referimos as vendas dos produtos ou serviços também os efeitos no Norte foram menores dentre as regiões. Da mesma forma, na produção o Nordeste apresentou mais dificuldades e somente o Sul apresentou melhor desempenho que o Norte. E quantos as dificuldades de acesso aos fornecedores, o norte se apresenta novamente com menores dificuldades dentre todas as regiões brasileiras. Acredito, que a influência para esse desempenho da região Norte seja por conta das empresas do Polo industrial de Manaus, de empresas de tamanho médias e grandes, sua cadeia logística e maturidade empresarial. Caso fosse excluído este conjunto empresarial, poderíamos ou não confirmar essa situação”.

Comentário: Fábio Cunha, empresário e presidente da Abrasel

“Estava se desenhando um cenário animador no começo do ano e veio a pandemia que acabou por impulsionar uma crise que as empresas já vinham passando, desde 2015-2016. E muitos que já estavam trabalhando para sair desse momento e acabou, definitivamente, por encerrar as atividades. Entre quatro restaurantes, um já fechou as portas em definitivo. Essa pandemia atingiu tanto o grande quanto o pequeno. O grande por ter muito mais responsabilidades e o custo mais alto. Com o decreto de fechamento, a atividade ficou desafiadora e difícil. Houve também uma perda muito grande no número de empregos e acreditamos que entre três trabalhadores um perdeu o emprego e o setor de alimentação fora do lar é o que mais emprega em todo o país. Pós-pandemia vai se perder ainda algo em torno de 30% (de mão de obra). Mudar a operação da noite para o dia não foi fácil, foi desafiador e muitos tentaram, mas não conseguiram. Restaurante com salão grande requer bastante mão de obra, tem o custo alto com aluguel e outras despesas, então o delivery não consegue arcar com esses custos. A retomada tem sido muito lenta ainda. (A reabertura) tem sido desafiadora porque muitos não conseguiram linhas de crédito para capital de giro e também o protocolo muito rigoroso que limita a operação.

Análise: Aderson Frota, presidente em exercício da Federação do Comércio (Fecomércio AM)

“A matriz econômica mais atingida nesta pandemia foi o comércio. No momento em que o governador decretou estado de calamidade as únicas atividades que foram totalmente fechadas, prejudicadas, foram os setores de comércio e serviços. Mesmo fechada uma empresa tem despesas inadiáveis como aluguel, folha de pagamento e encargos, pagamento de fornecedores, do custo operacional e, sobretudo, tem que pagar os impostos nos níveis federal, estadual e municipal. Não tem condição de deixar de pagar esses impostos porque entra no quadro de inadimplência. Muitas empresas viveram momentos difíceis nesses 100 dias de paralisação. Muitas empresas por ficarem com as portas fechadas por tanto tempo não conseguiram pagar os impostos e entraram no quadro de inadimplência, o que impede o acesso às linhas de crédito criadas pelo governo federal. Além da burocracia ainda tinha o impeditivo de estar negativado em função desse débito com o fisco. No dia 1 de junho houve um momento de euforia. Os centros comerciais do centro da cidade e dos bairros ficaram lotados. Algumas lojas ainda estão trabalhando em período de dificuldade porque ficaram sem abastecer (novas mercadorias), tiveram dificuldades de acesso à crédito para financiamento de capital de giro, tiveram que dispensar funcionários pela dificuldade de caixa.

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