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Em reestruturação, Sony vende área de PC

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07/02/2014

Em um mundo em que tablets e smartphones têm dominado a lista de desejo dos consumidores, ser um fabricante de PCs não tem sido uma tarefa nada fácil.

Vendas em declínio - no ano passado o volume global caiu cerca de 10%, segundo a empresa de pesquisa IDC - e margens cada vez mais apertadas - na faixa de 2% a 3% - tornaram-se uma amarga realidade. Para reduzir a contaminação de seus resultados pelas perdas nesse segmento, fabricantes tiveram que mudar suas estratégias.

No lance mais recente desse jogo, a Sony anunciou ontem que vai vender sua linha de produtos Vaio para o fundo de investimento Japan Industrial Partners. Com a operação, que terá seus termos finais revelados em março, mas pode ficar na casa de US$ 490 milhões, a companhia pretende se concentrar nas áreas de TV, fotografia, jogos e mobilidade. Focada no segmento de máquinas de alto valor para consumidores residenciais, a fabricante ficou sem escala e perdeu competitividade frente às mudanças do mercado.

Antes dela companhias como HP e Dell também fizeram mudanças de rotas. Em 2011, a HP chegou a anunciar que iria sair do setor por meio da venda ou da separação da unidade em uma nova companhia. Pouco depois a companhia voltou atrás no seu plano, mas tirou o pé do acelerador em suas ofertas para se focar na venda de software e serviços para empresas. A Dell, que revolucionou o mercado de PCs com seu modelo de vendas diretas e foi por muito tempo a líder global do setor, também adotou um ritmo mais lento e direcionou seus esforços para áreas mais rentáveis.

Até mesmo no Brasil, que durante muito tempo foi considerado um "porto seguro" para os fabricantes frente à desaceleração de mercados maduros como os Estados Unidos e a Europa, houve mudanças. No ano passado, a Itautec anunciou sua saída do mercado depois de negociar a venda de sua área de serviços de tecnologia para a japonesa Oki. Já a Positivo Informática, precisou ampliar seu portfólio, incluindo em suas ofertas tablets e telefones celulares.

Mais baratos, mais portáteis e capazes de executar praticamente as mesmas tarefas que um computador convencional, esses dois produtos encerraram, em pouco mais de cinco anos um reinado que durava mais de três décadas: o PC como a porta de entrada para o mundo digital. Alguns chamam esse novo momento de "era pós-PC".

Neste novo cenário, tem se debatido o fim dos notebooks e desktops. Mas a verdade é que, apesar das quedas, ainda existe demanda para esses aparelhos. Não fosse isso, forças como a chinesa Lenovo e as taiwanesas Asus e Acer não teriam se fortalecido. Com modelos de produção de baixíssimo custo e volumes crescentes, elas responderam por um terço do mercado em 2013, segundo a empresa de pesquisas Gartner.

A saída da Sony do setor de PCs faz parte de uma reestruturação mais ampla. Até março de 2015, a Sony estima que vai demitir 5 mil pessoas no mundo. No Japão serão 1,5 mil. No terceiro trimestre fiscal, que terminou em dezembro, houve lucro líquido US$ 266 milhões, ante prejuízo um ano antes. A receita líquida teve expansão de 23,9%, para 2,41 trilhões de ienes (US$ 23,79 bilhões). O melhor desempenho foi observado na área de jogos eletrônicos, com o lançamento do videogame PlayStation 4 na América do Norte, na Europa e na América Latina.

Fonte: Valor Econômico

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