27/12/2019
Fonte: Diário do Amazonas
Coluna Claro e Escuro
No ano em que o principal modelo econômico do Amazonas recebeu ataques diretos de quem deveria protegê-lo, o governo federal, a Zona Franca de Manaus (ZFM) aponta para uma alta de 8,36% no faturamento bruto das empresas que compõem o Polo Industrial (PIM) em 2019, em um cenário de insegurança jurídica e estagnação econômica. Os números são do presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Antônio Silva, que estima uma receita bruta de pelo menos R$ 101 bilhões este ano para o PIM, em relação ao ano de 2018. O crescimento é o maior alcançado nos últimos seis anos, principalmente, pelos setores metalúrgico, mecânico, o de duas rodas, termoplástico e o de bens de informática, todos com faturamento acima do registrado, se comparado ao ano passado. Apesar do respiro aliviado, os empresários ainda não se sentem seguros em criar novos projetos, ampliar outros ou mesmo investir nos atuais, refletindo na abertura de novos postos de trabalho, que é o que faz girar a economia na base da pirâmide.
Lucro x empregos
A estagnação na criação de empregos no PIM, contrapondo o aumento do faturamento é vista pelo Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), Wilson Périco, como um alerta para reflexão dos empresários.
Esperança em baixa
Com cerca de 600 empresas, o número de postos de trabalhos mantidos pelo modelo ZFM oscila entre 85 mil e 87 mil empregos, nos últimos dez anos, em um estado com uma das maiores taxas de desemprego do país.
Fatores de crescimento
Para Wilson Périco, dois fatores motivaram o crescimento no faturamento das empresas no PIM, em 2019: aumento nas vendas do segmento de duas rodas e o valor agregado dos eletroeletrônicos e informática.