23/06/2015
Segundo a entidade, o volume produzido no primeiro trimestre deste ano foi de 360.167 unidades, número inferior em comparação as 412.173 motos produzidas no mesmo período de 2014. A expectativa da Abraciclo é que 2015 apresente um declínio de 6,8% em relação ao ano passado.
Durante o primeiro trimestre, apenas março apresentou acréscimo na produção, com 1,5% a mais que no passado. Por outro lado, fevereiro teve o maior declínio, com 21% a menos. Janeiro também registrou declínio, que totalizou uma queda de 16,7%.
De acordo com o diretor executivo da Abraciclo, José Eduardo Gonçalves, o desempenho do setor de duas rodas reflete a economia brasileira. "O cenário de contenção e os ajustes na economia brasileira, além da expectativa da assertividade das políticas adotadas pelo governo federal, impactam negativamente nos resultados do setor. No entanto, o setor está empenhado em novos lançamentos e eventos para estimular a demanda por motocicletas", disse.
As vendas no atacado – das fábricas para as concessionárias – alcançaram 343.804 motocicletas no primeiro trimestre, significando uma perda de 6,9% em relação ao ano passado, que contou com 369.199 unidades. Foram comercializadas para o mercado externo 6.351 unidades nos três primeiros meses de 2015, frente a um total de 26.619 em 2014, representando um recuo de 76,1%.
Bicicletas
Por outro lado, o cenário para as bicicletas segue mais otimista. De 2014 para 2015, a produção de bikes no setor subiu de 184.587 para 185.685 no primeiro trimestre. As vendas no atacado atingiram 131.676 unidades de janeiro a março de 2015, volume 1,6% maior que o registrado no mesmo período do ano passado.
Conforme a Abraciclo, atualmente o Brasil figura como o quarto maior produtor mundial de bicicletas, tendo registrado, em 2014, a produção de 3,8 milhões de unidades.
Perspectivas
O cenário do setor de motocicletas deve permanecer pessimista, tanto na produção, como nas vendas no atacado e exportação.
Conforme a associação, a indústria projeta produção de 1.415.000 motos para o ano, uma queda de 6,8%, em relação ao volume total de 2014.
As exportações também devem cair, conforme Gonçalves. "Já sob o efeito das dificuldades econômicas da Argentina e com as incertezas de novos acordos internacionais, as exportações devem sofrer um recuo de 20,5% em 2015, passando de 88.056 unidades, em 2014, para 70.000 unidades no presente ano", contou.
Para o segmento de bicicletas, entretanto, o diretor executivo da entidade informou que o quadro deve seguir em ascensão. "O que se observa é um estímulo cada vez maior, em médias e grandes cidades brasileiras e do exterior, pela utilização de bicicletas para locomoções urbanas de curta distância. Neste contexto, o investimento em ciclovias é bem-vindo pelo segmento de bicicletas", completou.
Fonte: G1.com