14/07/2016

Os auditores da Receita Federal iniciaram, na manhã desta quinta-feira (14), a operação padrão por tempo indeterminado, que também é feita no resto do Brasil. A liberação de mercadorias de portos e aeroportos será mais demorada, segundo o presidente do Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal no Amazonas (Sindifisco Nacional-AM), José Jefferson Almeida.

Aproximadamente 290 auditores são divididos entre a Alfândega do Porto de Manaus, Aeroporto Internacional Eduardo Gomes e a Delegacia da Receita Federal em Manaus. O Sindifisco Nacional-AM não informou quantos auditores aderiram ao movimento, que também ocorre em vários Estados como São Paulo e Paraná. “Estamos tentando fazer um engajamento bastante forte”, disse Almeida.

Serão liberadas normalmente as cargas essenciais, urgentes e perecíveis, como alimentos e remédios. As demais cargas, como os componentes para o Polo Industrial de Manaus (PIM), serão liberados em ritmo mais lento. Uma carga que leva dois dias para ser liberada pode levar até quatro dias, nesse procedimento mais minucioso dos auditores.

O motivo da paralisação é um acordo não cumprido pelo Governo Federal. Há três meses, auditores e governo fecharam um acordo para que fosse enviado um Projeto de Lei (PL) ao Congresso Nacional, tratando sobre o reajuste da categoria. Os auditores pedem 21% de reajuste, para ser pago em quatro anos.

“Não estamos nem reivindicando a inflação. Estamos reduzindo as perdas. É a melhor solução para o jeito que o País está”, afirmou o presidente do Sindifisco Nacional-AM. O acordo não foi cumprido e o PL não foi para o Congresso.

Os auditores recebem, em média, R$ 13 mil de salário, mas pedem a equiparação com os rendimentos dos delegados da Polícia Federal que recebem R$ 18 mil, em média.

A paralisação, em nível nacional, vai ocorrer duas vezes por semana, às terças e quintas-feiras, segundo o Sindifisco Nacional-AM.

Fonte: Portal D24am.com