05/01/2023
Autarquia volta para o ministério e se espera seu fortalecimento na nova gestão
Centro de Biotecnologia da Amazônia também deve ser peça chave
Valéria Costa
Correspondente
Brasília (Único) – Ao tomar posse como ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), recriado no governo Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) enfatizou bastante o termo “reindustrialização” do país e um novo conceito do ministério. A posse aconteceu na manhã desta quarta-feira, 4, no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Lula e de vários ministros do novo governo.
Num longo discurso que demorou mais de 30 minutos, Alckmin – que será o “chefe” da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) – citou a autarquia uma única vez ao afirmar que a Suframa, assim como o conjunto de órgãos que integrarão o segundo e terceiro escalão do ministério, juntos vão fazer o “novo MDIC”.
Durante todo o governo de Jair Bolsonaro (PL), a Suframa esteve ligada ao extinto Ministério da Economia (atual Fazenda).
Preocupações
A ascensão de Alckmin para o comando do MDIC traz apreensão para o Amazonas no que tange à defesa da Zona Franca de Manaus, uma vez que ele e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) – defensores da indústria paulista – têm posicionamentos rígidos em relação aos incentivos ao modelo econômico do Amazonas.
Mas, como apurou o ÚNICO, nessa nova roupagem do ministério a ideia é fortalecer a Suframa e dar mais protagonismo ao Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA), pois a política industrial do país vai passar pela sustentabilidade.