24/09/2014
De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas (Sindmetal), a multinacional está funcionamento de segunda a quinta-feira, não tem mais terceiro turno e o número de demissões na fábrica, desde o início do ano, passou a marca de 700.
Segundo o Sindmetal, a fábrica também fará uma paralisação das atividades, porém, não há possibilidades de demissões em massa.
“A Honda quase não sentia nada nas crises anteriores. Mas, neste ano, desde o começo da crise na Argentina, que reduziu as exportações, a empresa enfrenta momentos ruins”, informou a assessoria de imprensa da montadora japonesa em Manaus.
Para o presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), Wilson Périco, o cenário enfrentado pela Moto Honda não é relacionado à indústria, mas sim ao mercado. “O segmento de duas rodas não consegue ter acesso a novas linhas de crédito, fato que afeta diretamente na linha de produção das empresas”, justificou.
Por meio da assessoria de imprensa, a Moto Honda da Amazônia informou que a paralisação, que ocorrerá do dia 26 a 30 deste mês, é uma parada programada pela empresa com a finalidade o ajuste de estoque.
Sobre demissões futuras, a empresa destacou que a parada é justamente, para evitar esse tipo de atitude. “A princípio não temos a programação de demissões, porém não estamos contratando novos colaboradores para substituir os que foram demitidos”, salientou.
A crise, segundo a Honda não afeta os investimentos da fábrica na região, que na semana passada começou a operar com a utilização do gás Natural de Urucu.
“Apesar da crise continuamos investindo no parque fabril onde temos a capacidade de produzir mais de dois milhões de motos por ano, um exemplo foi o lançamento da nossa nova CG com o Sistema de Freio CBS”, concluiu a assessoria da empresa.
Fonte: Amazonas Em Tempo