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Em cinco meses do ano, 90 mil são demitidos no Amazonas

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20/06/2015

Em cinco meses, 90 mil pessoas foram demitidas no Amazonas, uma média de 596 demissões por dia, contra 76 mil contratações. Maio registrou o pior resultado da série histórica desde 2003, com 4.758 vagas que deixaram de existir. Em comparação com maio de 2014, houve uma perda de mais dos 180% postos. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) foram divulgados nesta sexta-feira (19).

Nos últimos 12 meses verificou-se uma redução de 3,14% no nível de emprego ou menos 14.756 postos de trabalho - saldo entre contratações e demissões. E de janeiro a maio mais de 13 mil vagas de emprego deixaram de existir.

"Esse é um reflexo da conjuntura econômica que o País está enfrentando. Temos ainda a questão da greve da Suframa, onde as cargas contingenciadas fazem com que as empresas não tenham o que produzir e vender. Com isso, não tem como manter os empregados", disse o presidente do Conselho Regional de Economia (Corecon), Marcus Evangelista.

Dos oito setores de atividades pesquisados, o único que teve crescimento no número de vagas em maio foi a agropecuária, com 1,15%. E os que registraram maiores demissões no mês de maio, foram a indústria da transformação, com 3.526, depois serviços, com 955. Em terceiro lugar ficou o comércio, com menos 218 vagas, seguida de extrativa mineral, com menos 37 e a construção civil, com 35.

De janeiro a maio deste ano, a indústria da transformação demitiu mais de 27 mil empregados. "A demissão é a última alternativa que os empresários tomam. A primeira delas são as férias coletivas, depois vem a suspensão de contrato de trabalho e por último, a demissão", explicou o presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), Wilson Périco.

O presidente disse ainda que essas demissões são o reflexo do cenário econômico do Brasil. Périco afirmou ainda que os setores que vem sofrendo desde o ano passado é de duas rodas e eletroeletrônico. "A insegurança muito grande do consumidor afeta tanto a indústria da transformação quanto a construção civil. O único setor que não foi afetado com essa crise, acredito que foi a de alimentos", disse.

Em relação à greve da Suframa, Périco disse que somado a todo o cenário econômico desfavorável do País, tem mais esse fator negativo. "A greve da Suframa é um fator negativo. Volto a frisar que não somos contra o pleito e, muito pelo contrário, somos solidários aos funcionários do órgão. Mas o momento exige mais entendimento para que assim não atrapalhe a economia do Estado", concluiu.

Municípios

A situação do mercado de trabalho no interior do Amazonas também se agravou. Onze dos 21 municípios com mais de 30 mil habitantes pesquisados registraram queda no emprego.

A maior queda foi em Iraduba (a 27 quilômetros a sudoeste de Manaus), que perdeu 38 vagas. O maior saldo positivo ocorreu em Boca do Acre (a 1.028 quilômetros a sudoeste da capital), onde o saldo positivo foi de 38 vagas, resultado da contratação de 54 pessoas e a demissão de 15 trabalhadores.

Fonte: Portal D24am.com

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