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Eletrônicos agora mais caros

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29/03/2022

Andreia Leite

Quem pretende adquirir eletrodomésticos ou eletroeletrônicos pode ter que pagar a mais pelos produtos. A informação é da Eletros (Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos), ao projetar alta de até 12% nos itens pertencentes à linha branca que incluem geladeira, fogão, freezer, condicionadores de ar, lavadoras de louças, lavadoras de roupas, secadoras e fornos de micro-ondas.

O estoque na indústria e no varejo, está fazendo o setor apresentar retração no consumo, o aumento de todo esse custo de produção faz repassar o aumento para a cadeia de produção. “Jamais deve-se culpar o comércio pelos aumentos dos preços das mercadorias

A indústria de eletroeletrônicos e eletrodomésticos vem, desde o início da pandemia, se esforçando para absorver dentro do que nos é viável a manutenção da operacionalidade de nossas empresas, os impactos dos custos dos insumos mais importantes para nossa produção, em especial o aço e o plástico”, informou o presidente da Eletros, Jorge Nascimento.

Contudo, o presidente da entidade, explicou que, com aumento significativo dos preços dos insumos nacionais, energia elétrica, elevada variação cambial do dólar entre outros, desde o segundo semestre de 2021 tem sido inevitável a interferência destas despesas nos preços finais de nossos produtos. “O cenário macroeconômico desfavorável, com inflação acima da média prevista, também contribui para a manutenção deste cenário neste primeiro trimestre de 2022”.

Um dos insumos essenciais para a produção desses itens, como mencionado pelo presidente, é o aço, que para recompor a alta dos custos das matérias-primas, as usinas siderúrgicas podem ter aumento de 20% nos preços em abril.

Conforme o Sinduscon-AM (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Amazonas), as cimenteiras aumentaram por saco de cimento R$2. O sindicato informou que em cadeia tudo deve aumentar em relação aos custos inflacionários.

Todo esse movimento está associado ao conflito no Leste Europeu que na mesma esteira tem motivado a escassez de insumos aos fabricantes da Zona Franca de Manaus, por ser uma grande fornecedora mundial de produtos e insumos depende do que é produzido na Rússia.

Para o presidente do Sindivarejista-AM (Sindicato do Comércio Varejista no Estado do Amazonas), Teófilo Gomes, o cenário é preocupante, mesmo porque as vendas ainda não voltaram ao patamar de 2021 e com esse aumento projetado em 12% dificilmente irão evoluir

“Deve também ser observado que os salários não tiveram aumento nesse percentual. Para completar as dificuldades dos clientes com a Selic em 11,75 % as empresas terão de incorporar esse aumento no valor do bem. Enfim, dois aumentos que restringem as vendas sem nenhuma culpa das empresas e sim vítimas das contingências”, analisou.

Números

Segundo a Eletros, a indústria de eletroeletrônicos de consumo fechou 2021 com o primeiro resultado negativo em quatro anos. As fábricas venderam para o varejo 94,1 milhões de aparelhos, volume 7,2% menor do que o do ano anterior.

Informações divulgadas pela CNN, dão conta que a maior queda ocorreu nos televisores, de 15,8%, seguida pelos eletroportáteis (7%) e pelos eletrodomésticos da linha branca, como fogões, geladeiras e lavadoras, com retração de 4,9%. A única linha cujas vendas cresceram no ano passado foi a de aparelhos de ar-condicionado, que avançou 7,2%, somando 4,45 milhões de unidades.

Mesmo assim, houve uma freada no ritmo de alta. Em 2020, as vendas do produto aumentaram 30% sobre o ano anterior. “Foi uma frustração. Nem no primeiro ano da pandemia tivemos números tão ruins”, diz o presidente da associação que reúne os fabricantes do segmento. Em 2019 e 2020, o setor cresceu 5% a cada ano.

Fonte: JCAM

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