20/08/2014
Um relatório apresentado pelo Sindmetal demonstra que a Samsung Eletrônica da Amazônia Ltda., Digibrás Indústria do Brasil S/A, Philco Eletrônicos Ltda., Digiboard Eletrônica da Amazônia Ltda., Envision Indústria de Produtos Eletrônicos, Salcomp Industrial Eletrônica da Amazônia Ltda., Britânia Componentes Eletrônicos Ltda. e Sony da Amazônia Ltda., foram as oito empresas do segmento eletroeletrônico que mais demitiram.
O diretor do sindicato, João Brandão, não acredita na possibilidade de novas contratações no setor eletroeletrônico. Ele informou que semanalmente ocorrem entre 100 e 150 desligamentos de trabalhadores do PIM. Brandão ainda disse que representantes da Sony já anunciaram a redução de 40% da mão de obra até dezembro deste ano. “A informação que temos é de que a matriz da empresa enfrenta problemas financeiros. Eles investiram na contratação de pessoal para o aumento da produção para a Copa e não obtiveram o retorno esperado porque as vendas não corresponderam. Estão com o estoque cheio”, disse.
Outra empresa que segundo Brandão também está demitindo é a LenovoGroupLimited, grupo ao qual integram as empresas Digibrás Indústria do Brasil S/A e Digiboard Eletrônica da Amazônia Ltda. “A empresa desligou 600 colaboradores somente no mês de julho. Isso de uma só vez”, relatou. O grupo Lenovo produz computadores e aparelhos de som.
Por meio de nota a Sony Brasil informou que não há previsão para a ocorrência de redução de quadro funcional na empresa em Manaus. Atualmente a fábrica conta com mais de mil funcionários em seu quadro efetivo.
Para o presidente do Cieam (Centro da Indústria do Estado do Amazonas), Wilson Périco, as reduções são consideradas normais. Ele explica que os ajustes administrativos e operacionais que acontecem normalmente nos primeiros meses do ano, como janeiro e fevereiro, nesse ano foram postergadas para o período pós-Copa, daí a justificativa para o aumento no índice de demis-sões. “As empresas mantiveram os postos de trabalho por conta da produção para a Copa do Mundo e somente a partir de maio deram início aos ajustes, o que é normal acontecer. Não há muito o que se fazer porque o momento não é dos melhores para a indústria no Brasil e no Amazonas. Agora é torcer para um reaquecimento”, explanou.
A reportagem tentou contato com a LenovoGroupLimited mas até o fechamento da edição não obteve resposta.
Fonte: JCAM