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Eletrobras terá que demitir mais

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13/09/2013

Programa de Desligamento Voluntário da Eletrobras, que teve adesão de 4.300 funcionários até julho, não foi suficiente para reduzir os custos da companhia. Por isso, a empresa vai abrir mais uma rodada do programa este ano, informou o presidente da estatal, José da Costa Carvalho Neto. 

A Eletrobras sofreu uma brusca queda de receita com a renovação das concessões das usinas hidrelétricas que tinham vencimento em 2015, dentro do planejamento do governo de reduzir o custo das tarifas. 

Segundo Carvalho Neto, o objetivo é chegar a 5.400 empregados. Agora, o programa será aberto também para os empregados da Eletronuclear, e reabrir o processo em Furnas. A empresa evitava estender as demissões para a Eletronuclear, devido a alta especialização necessária para a operação das usinas nucleares. 

"Teremos que fazer mais coisas (projetos), mas com menos pessoal", afirmou o executivo durante o evento Energy Summit 2013. 

Na Eletronuclear, a expectativa é de que se consiga uma adesão entre 400 e 500 pessoas, e o restante dos desligamentos seria conseguido em Furnas. 

Salários 

De acordo com Carvalho Neto, a demissão de antigos funcionários, os que mais aderem ao programa, ajuda a reduzir os custos da empresa porque os salários são muito altos. 

"20% dos empregados do nosso quadro mais antigo tinham salários maiores dos que os empregados novos", explicou. Com as demissões a Eletrobras pretende cortar 30% dos seus custos nos próximos 3 anos. Para efetuar as demissões dos 5.400 empregados a companhia estima gastar cerca de R$ 2 bilhões. 

A empresa está passando por uma grande reestruturação e na próxima semana apresenta ao ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, o resultado de um estudo feito pelo Banco Santander sobre as distribuidoras de energia que foram federalizadas pela Eletrobras. A previsão era de que o estudo fosse entregue esta semana. 

Segundo Carvalho Neto, a conclusão do estudo é de que as seis distribuidoras passem por um processo de Parceria Público Privada, mas ainda não foi definido se a Eletrobrás continuará com o controle das companhias. 

Um projeto de reestruturação maior, que inclui governança corporativa e uma nova configuração para a holding -que poderá ser dividida por área de negócio em geração, transmissão e distribuição -ficará pronto no final deste ano e será implantado em 2014. 

Ele informou ainda que a Cemig e a francesa EDF estariam interessadas em substituir a Alupar no consórcio para construção da usina hidrelétrica de Sinop, que ganhou o leilão de energia para entrega em 2018 (A-5). Isso se a Alupar decidir realmente sair da parceria, o que ainda não está definido, ressaltou o executivo. 

"A Alupar ainda está analisando, mas já tem interessados, como a Cemig e a EDF e um outro grupo estrangeiro com atuação no Brasil", disse, sem revelar o nome do terceiro interessado.

Fonte: JCAM

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