27/08/2021

A Zona Franca de Manaus, modelo de desenvolvimento regional criado em 1957, mantém-se firme e atual mesmo após tantas décadas, atraindo investimentos, apesar do cenário de incertezas que se abate sobre o mundo, e especialmente sobre o Brasil; gerando empregos, quando todo o País sofre com a escassez de vagas e colaborando para a manutenção das boas expectativas em meio a tantas adversidades. As virtudes do modelo foram reconhecidas ontem pelo secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos Da Costa, que viu o Conselho de Administração da Suframa (CAS) aprovar 32 projetos de investimentos que totalizam R$ 1,8 bilhão, que projetam a abertura de 2.057 novos postos de trabalho nos segmentos da industrial, comércio e serviços.

Não resta dúvida de que, no âmbito do governo federal, a Zona Franca está longe de ser uma unanimidade positiva, basta lembrar dos ataques frequentemente originados no próprio Ministério da Economia. Porém, a resposta manauara vem com resultados, com mais investimentos, empregos e desenvolvimento. Como todos os modelos econômicos existentes, a ZFM precisa de constante atualização, revisão de métodos e estratégias, mas o fato de produzir resultados positivos na contramão da lógica nacional e mundial é algo que não pode ser ignorado. Pelo contrário, em momentos de dificuldades como o que vivemos atualmente – um cenário negativo que pode perdurar por tempo indeterminado -, mais do que nunca o País precisa de investimentos, produção e geração de empregos.

No panorama de crise, o modelo amazonense mostra seu valor, responde a críticos mal-informados ou mal-intencionados e dá sinais de que há esperança, não só para a economia do Estado, mas também nacional. Ao longo das últimas décadas, a ZFM vem demonstrando seu valor e reforçando o óbvio: se o Polo Industrial de Manaus mantém os números positivos enquanto tantos recuam, mesmo imerso em ataques, como seria se houvesse o devido apoio nas demais esferas governamentais? Ajustes precisam ser feitos e providências, tomadas para fortalecer a ZFM ainda mais e prepará-la para o momento em que não haverá mais incentivos. Essa deveria ser a prioridade no âmbito federal: proporcionar condições para que o modelo se torne, finalmente, autossustentável.

Fonte: Editorial | Acrítica