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Editorial: A economia e os famintos do Brasil

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03/02/2022

A disparada dos preços da maioria dos produtos e dos serviços atinge duramente o consumidor amazonense. Uma volta nos supermercados gera reações de susto e de respiração profunda em grupos de consumidores que veem a cada dia reduzir o poder de compra de alimentos e de itens de limpeza.

Ao longo do mês de janeiro a troca das etiquetas nesses centros comerciais tornou-se ato frequente e tende a se repetir em fevereiro diante dos mecanismos utilizados pela equipe econômica do governo federal para tentar frear o crescimento da inflação. A sucessão de aumento da Taxa Selic (que é a taxa básica de juros da economia brasileira e atua como referência para o cálculo da maioria dos juros), impacta diretamente todas as modalidades de crédito tornando seus valores mais altos e, por consequência, o contingente de pessoas que recorreu às operações de crédito.

Cabe ao Comitê de Política Monetária (Copom) estabelecer ou não os reajustes da Selic e o caminho do aumento vem sendo feito sucessivamente. No sétimo reajuste, em dezembro de 2021, a taxa ficou em 9.25%, o maior deles nos últimos quatro anos. O primeiro aumento deste ano, confirmado ontem, reforça a postura do Banco Central (BC) para, quase isoladamente, agir no combate à inflação no País.

O resultado dessa política é o arrocho das famílias brasileiras. Alguns investidores ganham com a Taxa Selic elevada, como está atualmente, mas, a maioria da população sofre com esse procedimento porque os preços dos serviços, dos alimentos, dos medicamentos, enfim de praticamente tudo que é parte da vida cotidiana do consumidor é impactado com o reajuste continuo. Considerando as dificuldades porque passam as famílias brasileiras em dois anos de pandemia da Covid-19, ainda com elevado número de desempregados - mais de 12 milhões -, queda no valor dos salários e na renda familiar que tem na informalidade um dos meios de acréscimo, o quadro de pobreza à miséria é realidade visível nas ruas e praças do Brasil e da cidade de Manaus.

A questão que espera respostas esclarecedoras por parte dos especialistas em economia e finanças é saber porque o crescimento da arrecadação de impostos no ano passado, as contas públicas tiveram superávit e a fome avança no país?

Fonte: Acrítica

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