26/12/2013
Os economistas pioraram a projeção para o IPCA neste ano e em 2014 em 0,02 ponto percentual, a 5,72% e 5,97%, respectivamente. As contas para os preços administrados também mudaram. Para este ano, segundo o Focus, elas indicam alta de 1,35%, ante 1,50%, mas para 2014 cresceram e chegaram a 4%, acima dos 3,85% esperados antes.
A perspectiva para a inflação nos próximos 12 meses, por sua vez, foi elevada a 6,05%%, ante 6,03%.
Neste final de ano, a inflação tem surpreendido ao não mostrar sinais de arrefecimento, o que pode pressionar ainda mais a atual política monetária. Em dezembro, por exemplo, o IPCA-15, prévia da inflação oficial do país, surpreendeu ao acelerar a alta mensal a 0,75%, fechando o ano em 5,85%.
O Focus mostrou ainda manutenção do cenário para a taxa básica de juros. Para os economistas consultados pelo BC, a Selic ficará em 10,50% no fim do ano que vem, mesma taxa há quatro semanas.
Para a reunião de janeiro do Copom (Comitê de Política Monetária), ficou inalterada a projeção de aumento de 0,25 ponto percentual na Selic.
Entretanto, no Top-5 de médio prazo, com as instituições que mais acertam as projeções nesse período, a expectativa continua sendo de maior aperto em 2014. A mediana das estimativas aponta perspectiva de que o juro básico encerrará 2014 a 11%, também a mesma da pesquisa anterior.
Atividade
O mercado reduziu, pela terceira semana seguida, suas projeções para o crescimento da atividade em 2014: agora, veem o PIB (Produto Interno Bruto) com expansão de 2%, ligeiramente abaixo dos 2,01% do levantamento anterior.
Para 2013, as contas foram mantidas com expansão de 2,30%.
O Focus mostrou ainda que os especialistas estão vendo cada vez menos recuperação da produção industrial neste e no próximo ano. A atividade, calculam, deve crescer 1,60% em 2013, um pouco abaixo do 1,61% anterior, mas marcado a quarta semana seguida de queda nas projeções.
Para 2014, a redução foi mais intensa, com as estimativas de expansão passando a 2,23%, ante 2,31%.
Na sexta-feira, o Banco Central reduziu em seu Relatório de Inflação a estimativa de crescimento do PIB brasileiro deste ano a 2,3%, ante 2,5% previstos até então e indicando que a atividade não vai acelerar em 2014, ao mesmo tempo em que praticamente não mudou sua perspectiva para a inflação em 2013 e 2014, mantendo-a próxima de 6%.
Fonte: JCAM