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Economia industrial em marcha lenta

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19/08/2016

As indústrias do Polo Industrial de Manaus (PIM) já registram uma tímida recuperação econômica no segundo semestre, especialmente nos setores de linha branca (microondas e ar-condicionados), e de bens de informática (componentes eletrônicos a semicondutor, opto eletrônicos, máquinas, equipamentos, dentre outros), o que colaborou com a criação de alguns postos de trabalho no mês de junho, embora a confiança dos empresários em Manaus ainda esteja em baixa, segundo dirigentes industriais ouvidos por A CRÍTICA.

Atualmente o PIM emprega 82.721 pessoas, entre mão de obra efetiva, temporária e terceirizada, o que representa um aumento de 0,38% em relação a maio, quando o número estava em 82.408 postos.

Para o vice-presidente do Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Nelson Azevedo, a previsão de crescimento para as indústrias só será possível para 2017. "Estive conversando com alguns empresários e a expectativa para crescimento ainda é muito baixa, principalmente para as indústrias de duas rodas que continuam estagnadas. Acredito que somente em 2017, venhamos de fato, voltar a crescer economicamente", destacou Azevedo.

Wilson Périco, presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), destacou que as fabricantes de ar-condicionado podem abrir novos postos de trabalho para contratação de mão de obra temporária, a partir de setembro, por conta do verão, quando a procura pelos aparelhos é maior.

No entanto, para os demais setores da indústria local não há previsão de crescimento, segundo Périco. A instabilidade na política nacional, também tem sido um fator para a estagnação das indústrias do PIM, pois não há políticas de incentivo previstas para o segmento industrial.

Em relação aos produtos oferecidos ao mercado externo, a taxa cambial vem favorecendo a exportação de produtos da Zona Franca, principalmente os concentrados e motocicletas, é o que afirmou Nelson Azevedo.

Seca

O executivo destacou que, mesmo com a seca do Rio Madeira, um dos principais corredores fluviais da Região Norte, a produção do PIM não está comprometida. "A produção das indústrias ainda não está comprometida com a seca do Rio Madeira, apenas um impacto no tempo de entrega dos insumos, o que não prejudicou ainda, às linhas de produção", afirmou Périco.

Confiança do empresário melhora

Em nível de Brasil, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) cresceu 4,2 pontos na passagem de julho para agosto de 2016. O ICEI alcançou 51,5 pontos e passa a superar a linha divisória de 50 pontos, ou seja, registra empresários confiantes, o que não acontecia desde março de 2014. A atual tendência de recuperação da confiança dos empresários acontece desde abril. No período, o índice aumentou 14,7 pontos.

A pesquisa divulgou ainda, os índices de confiança pelo porte das empresas e pelo segmento industrial.

Para as pequenas e médias empresas estão próximos da linha divisória: a distância desses índices até a linha divisória de 50 pontos é inferior à margem de erro dos indicadores de porte (1,5 ponto).

Já as grandes empresas mostram confiança, pois o índice de 53,1 pontos está suficientemente, acima da linha de 50 pontos.

Enquanto as indústrias extrativas e de transformação mostram índices acima dos 50 pontos, o índice da indústria da construção está praticamente sobre a linha divisória. Ou seja, pode-se dizer com segurança que os empresários das indústrias extrativas e de transformação estão confiantes em agosto.

Fonte: Jornal A Crítica

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