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Economia do Amazonas segue em marcha lenta: indústria cai 2,7%

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17/06/2019

Matéria publicada pelo Jornal Acrítica

Suelen Gonçalves

Desde janeiro o governo federal vem reduzindo a projeção do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, deve chegar a 0,47%, segundo Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br). As baixas são reflexos do desempenho das atividades econômicas que apresentam saldos negativos ou tímidas melhorias.

No Amazonas, a economia segue em marcha lenta, de acordo com os dados divulgados na semana passada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que retratam os quatro primeiros meses do ano nos setores mais significativos: comércio, serviços e indústria. Esses são os que geram mais postos de trabalho e envolvem o maior número de empresas.

Em abril, a produção industrial amazonense, na comparação com o mês anterior diminuiu -1,2%. Por outro lado, na comparação com abril 2018, o setor industrial registrou aumento de 4,0% em abril de 2019, com 5 dos 10 locais pesquisados registrando resultados positivos, ocasionando o crescimento significativo no mês.

Acumulado do período (janeiro-abril de 2019), frente a igual período do ano anterior, verificou-se uma melhora, mas ainda em situação negativa (-3,0%). O acumulado nos últimos 12 meses, registrou variação negativa de 2,7% em abril de 2019, subindo um pouco em relação ao mês anterior (-2,1%).

Comércio e Serviço

Depois de um bom desempenho no mês de março, o comércio amazonense não conseguiu manter o ritmo em abril, caindo 1,3% na comparação mês atual com mês anterior. A boa noticia foi a comparação com abril de 2018, que alcançou 6,7%, indicando que as vendas em abril de 2019 foram melhores que as do ano passado. Abril também foi o primeiro mês de 2019 que o acumulado saiu do negativo (0,2%).

Em relação ao volume de vendas de 2019, o varejo amazonense variou -1,3%, frente a março do mesmo ano, O Amazonas teve a oitava maior baixa dentre as 27 unidades da federação. A maior baixa foi na Paraíba (-3,5%) e a maior alta em Roraima (3,2%).

Por outro lado, o setor de serviços, que apresentou leve crescimento de 0,8% em abril e a receita nominal 1,2% em relação a março. Em relação ao acumulado no ano e ao acumulado de 12 meses, os dados mostram crescimento da receita de 2019 em relação a 2018.

De acordo com a consultora econômica Priscyla Seiva, as pesquisas refletem a reação do mercado às incertezas da economia nacional. “O ministro da Economia não tem conseguido levar adiante as políticas anunciadas e os empresários ficam receosos, e com razão. Podemos avaliar que a economia corre risco de recessão, inclusive”, alerta.

Neuler de Almeida

Consultor econômico e professor da UEA

“Vejo na universidade uma oportunidade de desenvolvimento. Daqui saem várias pesquisas que podem subsidiar o governo a montar novas propostas. Se a gente consegue formar maior capital intelectual para mão de obra, acredito que poderemos ter pessoas que estão focadas e preocupadas com o nosso desenvolvimento. Acho que a educação é o caminho para nosso desenvolvimento, para pensar em novas matrizes, novos modelos, novas saídas. Eu sonho em ver o Amazonas um estado mais rico, mais forte, um estado que encontrou o caminho do seu desenvolvimento”, opina o consultor econômico e professor da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Neuler de Almeida. O especialista, que é autor do livro “A dinâmica do desenvolvimento econômico no Amazonas - Desafios e Perspectivas”, acredita ainda que uma reestruturação da Zona Franca e uma descentralização da capital são a chave para a melhoria de vida população, por gerar atividades produtivas e emprego.

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