11/01/2019
Notícia publicada pelo portal D24AM
O setor de Duas Rodas voltou a ter alta na produção após bater
1 milhão de unidades, em 2018, 17,4% acima de 2017. O resultado do ano,
na avaliação do presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, é reflexo da
retomada da confiança por parte do consumidor, da recuperação
econômica e do aumento da oferta de crédito, após seis anos negativos.
Desde 2011, quando foram produzidas 2,1 milhões de motos, o setor
acumulava perdas.
O setor, concentrado no Polo Industrial de Manaus (PIM), projeta um
crescimento de 4,2% na produção para 2019, com relação ao ano passado.
A estimativa da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas,
Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), é que sejam
produzidas 43,1 mil unidades este ano.
“O volume final ficou bem próximo da nossa projeção revisada
demonstrando o otimismo da entidade em relação ao setor e a
recuperação do cenário econômico no País”, diz Fermanian.
De acordo com os dados da Abraciclo, somente em dezembro foram
produzidas 67,8 mil motocicletas, volume 1,7% inferior ao registrado no
mesmo período em 2017 (69 mil unidades). Em comparação a novembro
de 2018, a queda foi de 24,7% (90,1 mil unidades).
Para 2019, o setor projeta a produção de 1.080.000 unidades, o que
significará uma alta de 4,2% sobre as 1.036.846 unidades fabricadas em
2018. “Estamos confiantes no aumento dos negócios, mas é necessário
aguardar os impactos das medidas que serão implementadas pelo novo
governo”, diz. O aumento projetado nas vendas é de 7,7% no atacado e
6,2% no varejo. Por outro lado, nas exportações, a expectativa é de queda
de 28%, em 2019.
Em 2018, o desempenho das exportações apresentou queda de 16,8%,
totalizando 68 mil motocicletas, ante 81,7 mil unidades, em 2017. O recuo
está diretamente ligado à redução da demanda da Argentina, que é o
principal destino das motocicletas fabricadas no PIM.
Somente em dezembro foram exportadas 3 mil motocicletas,
representando uma queda de 15,7% em comparação a novembro (3,5 mil
unidades) e recuo de 57,6% em relação ao mesmo mês de 2017 (7,1 mil
unidades).
De acordo com dados do então Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), em 2018, a Argentina representou 69,6% de todo o volume de motocicletas exportadas pelo Brasil, seguida dos Estados Unidos (9,1%) e da Colômbia (7,6%). Considerando somente o mês de dezembro, a Argentina teve 45,9% de participação, Austrália 16,6% e Estados Unidos 13,5%.