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Duas rodas aposta em crescimento

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20/02/2015

Apesar dos números nada animadores do ano passado, quando o setor de duas rodas registrou a menor participação dos últimos seis anos, no faturamento do PIM (Polo Industrial de Manaus), e empresas como a Moto Honda chegaram a paralisar suas linhas de produção devido à baixa demanda, a indústria de motocicletas mantém as esperanças de recuperação para 2015.

De acordo com o diretor executivo da Abraciclo, José Eduardo Gonçalves, essa perda de espaço do segmento já era esperada. Ele explica que os eventos realizados no Brasil durante o ano de 2014 atraíram o consumidor para outros tipos de produtos, principalmente o setor de eletroeletrônico. Além desta questão, a dificuldade para acesso ao crédito e a instabilidade da economia contribuíram para o recuo dos resultados do Setor Duas Rodas no ano passado. Ele afirma ainda que avaliação da entidade, o setor deve atingir os números de estabilidades projetados para 2015, por conta, principalmente, dos impactos positivos das medidas anunciadas no final do ano passado, em especial a lei de retomada do bem.

“Apesar do Setor Duas Rodas ter apresentado queda de 16,7% na produção, recuo de 8,7% nas vendas no atacado e decréscimo de 18,7% nos licenciamentos do mês passado, comparado a igual período de 2014, o mês de janeiro é sempre atípico, por conta do período de férias. Vale ressaltar ainda, o amadurecimento do segmento de motocicletas de alta cilindrada (acima de 450 cm³) no Brasil, que segue na contramão do que ocorre na categoria de baixa cilindrada (até 150 cm³)”, explicou o diretor.

Medidas

José Eduardo Gonçalves lembra ainda que em outubro passado, a Caixa Econômica Federal, o Banco Pan e a Fenabrave firmaram um acordo para ampliar as operações para o segmento de automóveis e motocicletas novas, por meio de uma linha especial de financiamento para pessoas físicas com taxa mensal de juros a partir de 0,93%. Além disso, a Lei 13.043, que simplifica e reduz os custos das instituições financeiras para recuperação do bem no caso de inadimplência nas operações de financiamento para novos contratos, gera uma expectativa de aumento no volume de crédito para o financiamento de veículos. Para ele, iniciativas como esta são positivas.

“Em primeiro lugar, é importante lembrar que quase 80% das vendas de motocicletas no Brasil ocorrem com pagamentos parcelados, ou seja, por meio de financiamento e consórcio. O estímulo a estas modalidades de pagamento, portanto, representa a melhor contribuição para a retomada das vendas. Exemplo disso pode ser observado em iniciativas tomadas pela Abraciclo – separadamente e em parceria com outras entidades – em encontros com órgãos do governo federal”, comemora.

Por fim, o executivo afirma que, mesmo diante do cenário de contenção e rigidez na economia brasileira, o Setor de Duas Rodas poderá registrar um pequeno crescimento nos negócios em 2015, já que o mercado não sofrerá os impactos de grandes eventos, como a Copa do Mundo e eleições majoritárias. Além disso, Gonçalves lembra que neste ano serão realizados eventos que estimulam a demanda por motocicletas, como o Salão Duas Rodas.

“A produção de motocicletas deve ficar em torno de 1.520.000 unidades, o que representa uma leve alta de 0,15% em relação ao ano passado. As vendas no atacado devem atingir 1.460.000 motos e o varejo 1.470.000, expansão de 2,07% e 2,82%, respectivamente, contra 2014. Já as exportações devem encerrar o ano com 55 mil unidades, 38% inferior ao alcançado em 2014”, adiantou.

Números

Os Indicadores de Desempenho do Polo Industrial de Manaus, divulgados no último dia 9 de fevereiro pela Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus), mostram que o setor de duas perdeu força em 2014. De acordo com os números, o segmento de motocicletas, que até 2013 era o segundo maior em faturamento perdeu espaço para o setor de bens de informática, que está ligado ao polo eletroeletrônico no PIM – passando assim da segunda para a terceira posição.

Segundo os dados da Suframa, o polo de duas rodas faturou em 2013 R$ 13,9 bilhões (US$ 6,5 bi), o que correspondeu a 16,71% de todo o montante arrecadado pela indústria amazonense no período em moeda nacional. Enquanto isso, o setor de bens de informática apareceu logo atrás, com faturamento que superou os R$ 13,6 bi (US$ 6,3 bi) e 16,35% do total.

No fim do ano passado, no entanto, a situação se inverteu e o polo de informática superou o de duas rodas, com faturamento de R$ 14,4 bi (US$ 6,1 bi), contra R$ 13,6 bi (US$ 5,8 bi). Com a perda na arrecadação, o polo de duas rodas passou a ter participação de 15,68% na arrecadação total do PIM em reais, enquanto os bens de informática passaram a responder por 16,51%.

Fonte: JCAM

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