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Duas rodas amplia mercado externo

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12/11/2014

Inserida em um mercado externo que repete as dificuldades do mercado brasileiro, que sofre com fortes restrições ao crédito, a Yamaha da Amazônia parece estar na contramão da crise no setor de duas rodas ao registrar um aumento de 32,3% nas exportações entre janeiro e outubro deste ano em comparação ao mesmo período do ano passado. De acordo com a empresa, entre os novos mercados incorporados em 2014 se destacam Colômbia, Austrália, Canadá e México. Esses países, aparecem como alguns dos principais destinos das motocicletas brasileiras exportadas.

Segundo dados da Abraciclo. (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares), nos dez primeiros meses deste ano, a Yamaha negociou ao exterior 12,8 mil motos contra 9,7 mil do mesmo período de 2013, uma participação de 16,13% nas exportações dos veículos. No mesmo período, as exportações da Moto Honda caíram 15,2%. Passaram de 77,6 mil unidades negociadas ano passado para 65,8 mil este ano.  Mas a participação da Honda nas exportações de motocicletas é de 83,7%.  

“O mercado de duas rodas vive um cenário muito desafiador, referente as exportações, que também sofre com as ações econômicas e governamentais de Países vizinhos, a Yamaha buscou novas alternativas, a principal medida foi a ampliação das negociações e exportações para novos mercados. Essa estratégia colaborou para o resultado da empresa” é com essa justificativa que a Yamaha Motor da Amazônia Ltda explica o crescimento. Das aproximadamente 157.000 motocicletas produzidas no acumulado de janeiro a setembro de 2014, a Yamaha exportou 11.796 unidades, ou seja, 7,5% do total.

Abraciclo

Os quatro países são alguns dos principais destinos das motocicletas fabricadas no Brasil. Segundo a Abraciclo o principal mercado externo continua a ser a Argentina, que recebeu 50.902 unidades neste ano, seguida dos Estados Unidos (3.900), Colômbia (3.162), Austrália (2.594), México (1.555), Canadá (1.554) e Peru (1.254), entre os mais relevantes. Além disso, há também volumes expressivos sendo exportados para a África do Sul, Nova Zelândia, Honduras, Guatemala e Costa Rica.

José Eduardo Gonçalves, diretor executivo da Abraciclo, lembra que Brasil é hoje o sexto maior produtor de motocicletas do mundo, com cerca de 1,5 milhão de unidades anuais, porém exporta menos de 100 mil unidades por ano. No acumulado de 2014, foram exportadas 71.165 unidades, ante 74.793 unidades de igual período do ano passado. Os números, porém, ainda estão muito atrás do que se verificou em anos anteriores.

“As exportações de motocicletas produzidas no Brasil já alcançaram volumes próximos de 200 mil unidades anuais na década passada, como se verificou em 2005, com 184.592 unidades exportadas”, afirmou.

Manaus


O diretor executivo da Abraciclo acrescenta ainda que o PIM (Polo Industrial de Manaus) responde hoje por mais de 2/3 de toda a produção de motocicletas brasileiras. Na opinião de Gonçalves, ao se avaliar a qualidade, inovações tecnológicas e desempenho, as motocicletas produzidas no Brasil podem competir com qualquer produto global.

“Nos últimos 10 anos, a produção de motocicletas em Manaus superou seguidamente o patamar de 1 milhão de unidades anuais. As principais marcas mundiais de motocicletas têm fábricas instaladas no Polo Industrial de Manaus e investem constantemente no desenvolvimento de produtos e avanços tecnológicos. Diante disso, os produtos de Manaus estão plenamente capacitados para enfrentar qualquer concorrente global”, acredita.

Apesar da competitividade dos produtos nacionais, o executivo admite que a concorrência externa, no entanto, depende de outros fatores, como o econômico e o tributário, que interferem de diferentes maneiras, conforme o país de origem dos produtos.

“Países asiáticos, como o Japão e Taiwan, por exemplo, exportam mais de 400 mil motocicletas por ano. Já a China, somente em um ano (2008), produziu 27,5 milhões e exportou 10,1 milhões de unidades”, finalizou o executivo.

Fonte: JCAM

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