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Dólar passa da casa dos R$ 4

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22/08/2018

Notícia publicada pelo Jornal Acrítica

O dólar fechou nesta terça-feira em R$ 4 pela primeira vez desde fevereiro de 2016, com os investidores começando a colocar nos preços a possibilidade de o candidato à Presidência preferido do mercado, Geraldo Alckmin (PSDB), não ir para o segundo turno, já que continua sem ganhar tração na disputa.

O dólar avançou 2,01%, a R$ 4,0372 na venda, maior nível desde os R$ 4,049 de 18 de fevereiro de 2016. Foi a quinta alta consecutiva do dólar, período no qual avançou R$ 4,40. Na máxima do dia, atingiu R$ 4,0382. O dólar futuro tinha valorização de 1,70%.

"O mercado não considerava até poucos dias atrás um cenário sem Alckmin no segundo turno, mas já começou a precificá-lo. Assim, o dólar tem mesmo que ir para outro patamar", afirmou o economista da corretora Nova Futura, Pedro Paulo Silveira.

Pesquisa do Ibope divulgada na noite passada revelou que, no cenário sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o deputado Jair Bolsonaro (PSL) liderava a corrida pelo Palácio do Planalto com 20 por cento das intenções de voto.

Em seguida, vinham Marina Silva (Rede), com 12%, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), com 9%, Alckmin com 7%, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), com 4% e o senador Álvaro Dias (Podemos), com 3%.

"O novo patamar do dólar nesse novo cenário é entre R$4,20 e R$ 4,50", afirmou Silveira, acrescentando que o dólar demorou muito para precificar uma mudança de cenário.

À tarde, um recorte da pesquisa do Ibope referente ao Estado de São Paulo, reduto de Alckmin, que foi governador, acabou azedando ainda mais o humor dos investidores, que zeraram operações vendidas.

"Se nem em São Paulo Alckmin lidera, fica difícil a situação dele no Brasil", justificou um

operador de câmbio de uma corretora estrangeira. Mas há avaliações no mercado que o início da campanha eleitoral na TV e no rádio, marcada para o próximo dia 31, pode mudar o cenário já que Alckmin terá o maior tempo de exposição. No exterior, o dólar recuava ante uma cesta de moedas e também ante divisas de países emergentes após o presidente Donald Trump, em entrevista à Reuters na véspera, ter criticado a política de aumento de juros do Federal Reserve, banco central norte-americano.

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Venda de swaps cambiais pelo BC

O Banco Central brasileiro ofertou e vendeu integralmente 4,8 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, rolando 3,6 bilhões de dólares do total de 5,255 bilhões de dólares que vence em setembro. Com o nível elevado do dólar, há quem veja necessidade de intervenção do BC, que repetidas vezes avisou que provém liquidez quando o mercado está disfuncional.

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