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Diminui pessimismo do brasileiro com a economia, diz Datafolha

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20/07/2021

Depois de registrar um pico em um dos piores momentos da pandemia do novo coronaviruis, o pessimismo dos brasileiros com a economia recuou em julho. Agora, pouco mais de um terço (35%) dizem acreditar que a situação do país deverá piorar nos próximos meses, segundo pesquisa Datafolha feita nos dias 7 e 8 de julho.

Na pesquisa anterior, realizada em março, esse percentual era de 65% —nível mais alto da série de pesquisas com essa pergunta, iniciada em 1997.

Na outra ponta, aumentou o percentual daqueles que dizem esperar uma melhora (de 11% para 30%). A parcela dos que afirmam que a situação deve se manter como está, por sua vez, passou de 22% para 32%.

Na pesquisa atual, o otimismo em relação ao país é mais forte entre os brasileiros mais ricos (39%), os empresários (46%), os moradores das regiões Norte e Centro--Oeste (39%) e para aqueles que aprovam o governo do presidente Jair Bolsonaro (57%).

Em contrapartida, os moradores do Nordeste (44%), os que estão desempregados e buscam por recolocação (43%) e os que pretendem votar no ex-presidente Lula (46%) estão mais pessimistas do que otimistas.

Em entrevista recente para a Folha, o ex-presidente do BC (Banco Centra )1 DanGoldfajn também demonstrou otimismo com o avanço do programa de vacinação contra a Covid-19 e seus efeitos sobre a recuperação do país.

"A recuperação está vindo mesmo, temos uma previsão de crescimento de 5,5% para a economia deste ano e o indicador mais importante é o controle da pandemia, os calendários estão sendo antecipados, e isso permite que a recuperação continue".

Apesar do otimismo, o lBC-Br, indicador do Banco Central que mede o desempenho da atividade econômica, apontou queda de 0,43% em maio, na contramão das expectativas do mercado, que projetava uma alta de 1%, segundo analistas ouvidos pela Raiters.

O economista da UnB (Universidade de Brasília), José Litis Preiro, também lembra que o aumento de casos de Covid-19 pela variante delta no mundo precisa estar no radar. "Uma terceira onda de infecções tomaria necessário adotar novas medidas de distanciamento social, que teriam impado na recuperação".

Refletindo sobre a própria situação financeira, 42% dos entrevistados se veem nos próximos meses na mesma condição de hoje (eram 47% em março). Para 38%, sua situação pessoal irá melhorar (antes, eram 14% os que pensavam assim); 17% esperam uma piora agora, ante 38% na pesquisa anterior.

No grupo dos brasileiros mais pobres, com rendimento mensal familiar de até dois salários mínimos (ou R$ 2.200), 22% avaliam que sua situação financeira vai ficar pior. Para os de renda acima de dez mínimos, 38% dizem esperar uma melhora.

Isso se deu pois a crise não foi sentida da mesma forma por todas as famílias brasileiras. Somada ao aumento da inflação, que pesa ainda mais sobre os mais vulneráveis, a pandemia empurrou milhões de pessoas para a pobreza e ressaltou a desigualdade.

Fonte: JCAM

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