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Dia da Indústria: Confiança na linha de produção para 2022

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25/05/2022

Um dos mais antigos setores da economia moderna, mais precisamente surgida no fim do século XVIII, a indústria é um dos principais vetores do desenvolvimento de qualquer nação e o Brasil não fica de fora. A área representa 22,2% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Há 20 anos, foi instituído o 25 de maio como o Dia Nacional da Indústria, em homenagem ao patrono da indústria nacional, engenheiro Roberto Simonsen, que faleceu nesta data, no ano de 1948.

Segundo dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o setor responde por 71,8% das exportações de bens e serviços, por 68,6% do investimento empresarial em pesquisa e desenvolvimento e por 32,9% dos tributos federais (exceto receitas previdenciárias). Para cada R$ 1 produzido na indústria, são gerados R$ 2,43 na economia como um todo. Como exemplo, nos demais setores, o valor gerado é menor: R$ 1,75 na agropecuária e R$ 1,49 no comércio e serviços. Atualmente, a participação da indústria no emprego formal do Brasil é de 20,9%, oferecendo trabalho a 9,7 milhões de pessoas.

O salário médio dos trabalhadores com ensino superior completo no setor (R$ 7.652) é maior que a média total de empregos no país (R$ 5.976). O mesmo acontece com os funcionários com ensino médio completo (R$ 2.380), que ganham mais, em média do que o geral contando outros ramos (R$ 2.106), segundo dados recentes do Portal da Indústria divulgado pela CNI.

O Rio Grande do Sul possui PIB industrial de R$ 94,6 bilhões, equivalente a 6,8% da indústria nacional e, no momento, emprega 752.339 trabalhadores em 44.657 empresas industriais – 9,5% do total de companhias que atuam no setor industrial do Brasil. Os setores com as maiores participações percentuais são a construção (18,3%), alimentos (15,5%), serviços industriais de utilidade pública (11,3%), máquinas e equipamentos (7%) e químicos (6%). Juntos, esses setores representam 58,1% da indústria do Estado. O RS exportou US$ 9.364 milhões em 2021, desempenho que colocou o Estado na quarta colocação em exportações industriais brasileiras.

Apesar de a pandemia ainda não ter terminado, o setor está otimista quanto ao futuro. O resultado do Índice de Confiança do Empresário Industrial gaúcho (ICEI-RS), divulgado neste mês pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) aumentou de 55,8 (abril) para 56,1. Entre agosto de 2021 e março de 2022, o índice total perdido havia sido de 8,8 pontos, impactado, principalmente, pelas dificuldades na cadeia de suprimentos e pelo aumento de custos de produção, o que faz o índice atual ser comemorado. “Os componentes do ICEI-RS reforçam a estabilidade na confiança dos empresários, reproduzindo também o padrão observado nos dois meses anteriores, mas baseada nas expectativas otimistas, pois as condições atuais não se alteraram”, diz o presidente da Fiergs, Gilberto Porcello Petry.

As perspectivas dos empresários gaúchos para os próximos seis meses continuaram positivas, em maio, e em patamares similares aos de março e abril. O Índice de Expectativas passou de 58,8, no mês passado, para 58,9 pontos, descrevendo, acima de 50, um cenário favorável. De fato, os empresários continuam otimistas em relação à economia brasileira: o índice registrou 54,6 pontos. Entre os consultados, 35,2% estão otimistas, 16,2%, pessimistas e 48,6%, indiferentes. Aos 61 pontos, o Índice de Expectativas das Empresas mostra que o otimismo com o futuro da própria empresa é ainda maior. Segundo o presidente da Fiergs, o cenário descrito pelo ICEI-RS de maio combina estabilização na situação corrente dos negócios, apesar de alguma deterioração na economia brasileira, e expectativa positiva.

Recorde nas exportações gaúchas

Outro dado saudado pelo setor foi a soma de US$ 1,4 bilhão das exportações da Indústria de Transformação do RS, que cresceram 39,6% em abril, na comparação com o mesmo mês de 2021. No acumulado do ano, as vendas externas alcançaram US$ 5,4 bilhões, valor 43,4% maior em relação ao mesmo período do ano passado. “O forte incremento das exportações para os nossos principais parceiros, especialmente os Estados Unidos, contribuiu para o resultado, e as vendas aumentaram de forma disseminada na maioria dos segmentos”, diz o presidente da Fiergs, Gilberto Porcello Petry.

Dos 24 setores da indústria gaúcha que registraram embarques no mês passado, 18 assinalaram acréscimo no comparativo com abril de 2021. Entre os grandes exportadores, Alimentos foi o que mais cresceu, embarcando US$ 187,4 milhões a mais em mercadorias (52%), principalmente Farelo de soja (+US$ 80,2 milhões), Óleo de soja (+US$ 55,6 milhões), Carne de frango (+US$ 43,3 milhões) e Carne de boi (+US$ 20,8 milhões). Na segunda posição, Tabaco avançou US$ 59,2 milhões, elevação de 84,5%. As maiores vendas para a China, em US$ 41,3 milhões, contribuíram para o resultado. Veículos automotores registraram o terceiro maior aumento, em US$ 36 milhões, com as elevações nas demandas de Chile e Argentina.

A respeito dos principais destinos das exportações do Estado, em abril as vendas para os Estados Unidos se destacaram positivamente ao somarem US$ 189,1 milhões, um aumento superior a US$ 48 milhões, correspondente a uma elevação de 34% se comparada ao mesmo mês de 2021. As altas das indústrias de Coque e derivados do petróleo, com mais US$ 12,7 milhões; Químicos, mais US$ 10,3 milhões; Couro e calçados (+US$ 7,3 milhões) e Alimentos (+US$ 6,8 milhões) para a economia americana explicam o bom desempenho no mês. As vendas para a Argentina também subiram, 55,2% – US$ 42,2 milhões. Por trás desses números, estão as altas em Veículos automotores (+US$ 10,7 milhões) e Máquinas e equipamentos (+US$ 9,2 milhões).
Em sentido contrário, as exportações para a China apresentaram forte queda, de 73,5%, puxadas pela redução de US$ 705,2 milhões nas compras de Soja. Além disso, as exportações de Carne suína foram novamente destaque negativo no mês, com queda de US$ 26 milhões.

Um dos mais antigos setores da economia moderna, mais precisamente surgida no fim do século XVIII, a indústria é um dos principais vetores do desenvolvimento de qualquer nação e o Brasil não fica de fora. A área representa 22,2% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Há 20 anos, foi instituído o 25 de maio como o Dia Nacional da Indústria, em homenagem ao patrono da indústria nacional, engenheiro Roberto Simonsen, que faleceu nesta data, no ano de 1948.

Segundo dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o setor responde por 71,8% das exportações de bens e serviços, por 68,6% do investimento empresarial em pesquisa e desenvolvimento e por 32,9% dos tributos federais (exceto receitas previdenciárias). Para cada R$ 1 produzido na indústria, são gerados R$ 2,43 na economia como um todo. Como exemplo, nos demais setores, o valor gerado é menor: R$ 1,75 na agropecuária e R$ 1,49 no comércio e serviços. Atualmente, a participação da indústria no emprego formal do Brasil é de 20,9%, oferecendo trabalho a 9,7 milhões de pessoas.

O salário médio dos trabalhadores com ensino superior completo no setor (R$ 7.652) é maior que a média total de empregos no país (R$ 5.976). O mesmo acontece com os funcionários com ensino médio completo (R$ 2.380), que ganham mais, em média do que o geral contando outros ramos (R$ 2.106), segundo dados recentes do Portal da Indústria divulgado pela CNI.

O Rio Grande do Sul possui PIB industrial de R$ 94,6 bilhões, equivalente a 6,8% da indústria nacional e, no momento, emprega 752.339 trabalhadores em 44.657 empresas industriais – 9,5% do total de companhias que atuam no setor industrial do Brasil. Os setores com as maiores participações percentuais são a construção (18,3%), alimentos (15,5%), serviços industriais de utilidade pública (11,3%), máquinas e equipamentos (7%) e químicos (6%). Juntos, esses setores representam 58,1% da indústria do Estado. O RS exportou US$ 9.364 milhões em 2021, desempenho que colocou o Estado na quarta colocação em exportações industriais brasileiras.

Apesar de a pandemia ainda não ter terminado, o setor está otimista quanto ao futuro. O resultado do Índice de Confiança do Empresário Industrial gaúcho (ICEI-RS), divulgado neste mês pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) aumentou de 55,8 (abril) para 56,1. Entre agosto de 2021 e março de 2022, o índice total perdido havia sido de 8,8 pontos, impactado, principalmente, pelas dificuldades na cadeia de suprimentos e pelo aumento de custos de produção, o que faz o índice atual ser comemorado. “Os componentes do ICEI-RS reforçam a estabilidade na confiança dos empresários, reproduzindo também o padrão observado nos dois meses anteriores, mas baseada nas expectativas otimistas, pois as condições atuais não se alteraram”, diz o presidente da Fiergs, Gilberto Porcello Petry.

As perspectivas dos empresários gaúchos para os próximos seis meses continuaram positivas, em maio, e em patamares similares aos de março e abril. O Índice de Expectativas passou de 58,8, no mês passado, para 58,9 pontos, descrevendo, acima de 50, um cenário favorável. De fato, os empresários continuam otimistas em relação à economia brasileira: o índice registrou 54,6 pontos. Entre os consultados, 35,2% estão otimistas, 16,2%, pessimistas e 48,6%, indiferentes. Aos 61 pontos, o Índice de Expectativas das Empresas mostra que o otimismo com o futuro da própria empresa é ainda maior. Segundo o presidente da Fiergs, o cenário descrito pelo ICEI-RS de maio combina estabilização na situação corrente dos negócios, apesar de alguma deterioração na economia brasileira, e expectativa positiva.

Recorde nas exportações gaúchas

Outro dado saudado pelo setor foi a soma de US$ 1,4 bilhão das exportações da Indústria de Transformação do RS, que cresceram 39,6% em abril, na comparação com o mesmo mês de 2021. No acumulado do ano, as vendas externas alcançaram US$ 5,4 bilhões, valor 43,4% maior em relação ao mesmo período do ano passado. “O forte incremento das exportações para os nossos principais parceiros, especialmente os Estados Unidos, contribuiu para o resultado, e as vendas aumentaram de forma disseminada na maioria dos segmentos”, diz o presidente da Fiergs, Gilberto Porcello Petry.

Dos 24 setores da indústria gaúcha que registraram embarques no mês passado, 18 assinalaram acréscimo no comparativo com abril de 2021. Entre os grandes exportadores, Alimentos foi o que mais cresceu, embarcando US$ 187,4 milhões a mais em mercadorias (52%), principalmente Farelo de soja (+US$ 80,2 milhões), Óleo de soja (+US$ 55,6 milhões), Carne de frango (+US$ 43,3 milhões) e Carne de boi (+US$ 20,8 milhões). Na segunda posição, Tabaco avançou US$ 59,2 milhões, elevação de 84,5%. As maiores vendas para a China, em US$ 41,3 milhões, contribuíram para o resultado. Veículos automotores registraram o terceiro maior aumento, em US$ 36 milhões, com as elevações nas demandas de Chile e Argentina.

A respeito dos principais destinos das exportações do Estado, em abril as vendas para os Estados Unidos se destacaram positivamente ao somarem US$ 189,1 milhões, um aumento superior a US$ 48 milhões, correspondente a uma elevação de 34% se comparada ao mesmo mês de 2021. As altas das indústrias de Coque e derivados do petróleo, com mais US$ 12,7 milhões; Químicos, mais US$ 10,3 milhões; Couro e calçados (+US$ 7,3 milhões) e Alimentos (+US$ 6,8 milhões) para a economia americana explicam o bom desempenho no mês. As vendas para a Argentina também subiram, 55,2% – US$ 42,2 milhões. Por trás desses números, estão as altas em Veículos automotores (+US$ 10,7 milhões) e Máquinas e equipamentos (+US$ 9,2 milhões).
Em sentido contrário, as exportações para a China apresentaram forte queda, de 73,5%, puxadas pela redução de US$ 705,2 milhões nas compras de Soja. Além disso, as exportações de Carne suína foram novamente destaque negativo no mês, com queda de US$ 26 milhões.

Dificuldades, mas pensamento positivo

O presidente da Fiergs, Gilberto Porcello Petry, acredita que o aumento no preço e a escassez de insumos foi um fator que contribuiu e ainda contribui para prejudicar a produção das indústrias, algumas sendo obrigadas até a paralisar por falta de matéria-prima. “Junte-se a isso um cenário em que a inflação elevada pesa sobre os reajustes, como é o caso do aumento dos custos com mão de obra. No primeiro trimestre do ano a atividade da indústria cresceu, mas temos observado uma desaceleração desse ritmo de crescimento. Em março, o nosso Indicador de Desempenho Industrial, por exemplo, apontou que o setor avançou somente 0,2% em relação a fevereiro”, lembrou. Petry acrescentou como fator o aumento no preço dos insumos mais caros e o custo de capital com o avanço da Selic. “Vivemos um ambiente em que a demanda está em desaceleração e existe uma incerteza sobre qual será o custo para as economias trazerem de volta a taxa de inflação para níveis aceitáveis”, pontua.

Além disso, o cenário eleitoral é mais um ponto para colocar a economia do Brasil entra em compasso de espera. “É algo que já experimentamos em outras ocasiões. Não bastasse tudo isso, a indústria sofre de uma carga tributária extremamente complexa e que é focada na tributação de bens. Temos muitas distorções no nosso sistema tributário, como cumulatividade de impostos e oneração de exportações”, relata o presidente da Fiergs.

Fonte: Correio do Povo

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