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Desemprego no AM bate recorde com mais de 261 mil pessoas em busca de ocupação

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03/08/2017

Reportagem publicada no Portal Acrítica.com

Carro-chefe da geração de empregos do Amazonas, o setor da indústria sofreu abalos com a crise econômica do País, com perdas de 40% do faturamento, que obrigou o fechamento de postos de trabalho. Se em 2014, a indústria empregava 130 mil pessoas, atualmente esse número chega a 80 mil, segundo o 1º vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Nelson Azevedo.

Com a economia desaquecida, as fábricas vendem menos e demitem mais do que contratam. No total, foram perdidos mais de 4,7 mil postos de trabalho no primeiro semestre deste ano; o que acaba engrossando o exército de desempregados que não para de crescer no estado do Amazonas.

“Quando o Brasil está em crise, nós sofremos a maior consequência. Objetivamente, ainda não conseguimos ter uma resposta positiva. Estamos com a taxa de emprego muito baixa, a produção muito baixa. Perdemos muitos empregos nos últimos anos. E tudo isso envolve uma cadeia grande. Tem um reflexo no consumo, queda na produção, o comércio não vende, não tem arrecadação, o governo começa a ter dificuldade”, explicou Nelson Azevedo.

Segundo o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Manaus (CDL Manaus), Ralph Assayag, afirma que as perdas de postos de trabalho tem sido preocupantes. Em 2016, o número ficou em 8,5 mil e, em 2015, era de 9 mil desempregados.

“Uma das situações que temos é o governo que tem buscado impostos altíssimos, que aumentam cada vez mais. Ao invés de reduzir a máquina dele, mas faz cabide de emprego e gasta de maneira totalmente errada. Com isso, não faz a melhoria, que vem em parte por obras, para que pegue esse dinheiro que ele sacou de dentro da sociedade, volte de novo para fazer investimentos dentro do Estado”, disse Assayag.

Ainda segundo o presidente da CDL, é necessário a atração de investimentos nas empresas. “Eles não fazendo isso, diminui a entrada de dinheiro violentamente, as vendas caem e reduz o número de funcionários dentro de cada loja. Muitas vezes os órgãos de governo, sem comando, passam a aumentar a carga de burocracia de forma violenta. Com isso, o empresário diz que vai fechar a loja e obrigado a demitir, porque pensa como vai reduzir os seus custos”.

Interior

Para o presidente da Associação Amazonense dos Municípios (AAM), João Campelo, a questão de geração de empregos é pior. “O Estado está ausente do interior, na questão da segurança, na saúde e também sobre emprego e renda. As prefeituras ainda são as que empregam mais, de uma maneira geral”.

Campelo diz que o próximo governante terá o desafio de incentivar o setor primário nos municípios, para poder impulsionar a criação de empregos. “O setor primário ainda é o que se destaca no interior, essa é uma das saídas. Evitando que as pessoas saiam dos municípios vão pra capital em busca de emprego e não vão encontrar”.

Empregos

De acordo com o coordenador do Sistema Nacional de Emprego (Sine-Amazonas), Arilson Vieira, ainda não houve aumento na contratação. “Iniciamos o ano de 2017, com uma projeção de recuperação, que não se concretizou. Tudo está muito indefinido por conta dessa situação política, que hoje nós passamos. Investidores alegam que para investir precisam ter certa segurança”, destacou.

Palavra dos candidatos da eleição direta

Quais as propostas para criação de empregos?

Amazonino Mendes (PDT)

Em seu plano, o candidato propõe “formar um grupo de trabalho com o objetivo de integrar o Estado do Amazonas ao network internacional da 4ª Revolução Industrial/Indústria 4.0, estimulando e promovendo encontros, parcerias e acordos com órgãos internacionais". Para ele, envolver a Suframa e a UEA neste processo é “elemento-chave”.

Eduardo Braga (PMDB)

Entre as propostas do candidato estão: criação de mutirões de trabalho para a retomada imediata de obras paralisadas na capital e no interior, criação de programa de microcrédito para estimular o empreendedorismo jovem, criação de um programa de requalificação profissional ministrado pelo Cetam destinado à recolocação profissional.

Jardel Deltrudes (PPL)

Em seu plano de governo, o candidato ressalta algumas ações: “Melhorar a relação com empresários e apoiar ações no PIM. Fortalecer a relação no PIM para geração de emprego e renda. Fomento para pequenos comerciantes. Isenção de ICMS para o comércio local. Estabelecimento de um novo centro de negócios “Cecomiz”.

Liliane Araújo (PPS)

Em seu plano de governo, a candidata destaca: “Promover por meio das Agências de Fomento do Estado, o incentivo ao empreendedor que tenha projeto viável dentro da potencialidade do município que atua, de modo que o Banco da Gente e a AFEAM finalmente cumpram com a sua razão de existência, emprestando dinheiro a juros baixos” .

Marcelo Serafim (PSB)

Precisamos estimular a indústria e comércio para que sejam polos geradores de emprego. Com a burocracia que temos hoje não ajudamos esse setor no estímulo à economia. Vamos atuar reduzindo a burocracia, fazendo um grande polo de turismo e atuando fortemente no setor primário do interior do Estado.

Luiz Castro (Rede)

Em seu plano de governo, o candidato ressalta: “Criação de um programa de geração de emprego e renda alternativos, com promoção de cursos profissionalizantes; ampliação de linhas de financiamento da AFEAM para as cooperativas; criação do programa de agricultura urbana e suburbana”.

Rebecca Garcia (PP)

Precisamos reverter esse cenário gerando emprego e renda também para o interior. Teremos uma firme política de atração de investimentos com dois focos: induzir a formação de cadeias produtivas a partir das atividades já existentes na nossa industria extrativista e diversificar as linhas produtivas no Polo Industrial de Manaus.

José Ricardo (PT)

No nosso governo pretendemos gerar emprego e renda priorizando investimentos também no interior do Estado. Vamos usar o FTI para incentivar o microcrédito e ajudar os pequenos empreendedores, tanto aqui na capital quanto no interior. também vamos ampliar as compras públicas regionais, mas não concentrado em um ou dois fornecedores.

Wilker Barreto (PHS)

Precisamos trabalhar a cadeia de alimentos, visando o interior, além de melhorar ramais e vicinais. Vamos dar os primeiros passos no que diz respeito ao fortalecimento da cultura. Quero me aproximar de segmentos importantes para encontrarmos um caminho sobre o crescimento de uma econômica.

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