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Desempregados do Amazonas

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20/08/2018

Editorial publicado pelo Jornal Acrítica

O Amazonas registra na atualidade 256 mil pessoas em situação de desemprego.

De acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PNAD Contínua, IBGE- 2018), a taxa de desocupação da força de trabalho subiu, neste segundo
trimestre, para 14,2%.

Os números desenham um quadro crítico que tende a se agravar na medida em que novos postos de trabalho e novas oportunidades para esse contingente e outros que a eles se agregam, como os dos jovens, não estão sendo gerados e no âmbito do Polo Industrial de Manaus a tendência é de afunilamento progressivo com foco na especialização e redução da mão de obra.

Outros setores que poderiam fomentar a abertura de vagas, estimular a geração de renda e dinamizar a econômica estão parados. A política nacional de desenvolvimento estacionou e as regiões que tradicionalmente eram tratadas dentro dessa política em segundo plano, como o Norte brasileiro, passaram a ser ignoradas em suas demandas.

O efeito da descontinuidade de programas por parte do Governo Federal, o redirecionamento de recursos a outros segmentos, o corte de verbas, a decisão do
governo aprovada pelo Congresso Nacional de congelar por duas décadas o investimento público são elementos que se somam à situação caótica criada e mantida em escala decrescente pelo Governo Federal e o Poder Legislativo.

Em consequência direta, a dificuldade de acesso aos alimentos e o reaparecimento da fome como parte da realidade brasileira estão presentes em um número cada vez maior de lares.
O outro passo em contextos dessa natureza é a vinculação desse cenário com a expansão da violência em todos os setores como ameaça de se tornar regra de convivência tanto no meio urbano quanto no rural.

Se hoje, os índices da violência contra mulheres, jovens, crianças já assustam e exigem atenção criteriosa, o amanhã poderá vir a ser mais violento nos ambientes onde o que prolifera é uma política de negação do direito das pessoas viverem com dignidade.
A desigualdade econômico-social produz sofrimento, indignação e violência.

Não são 256 mil pessoas desempregadas no Amazonas, a elas juntam-se suas famílias que, em muitos casos, dependem unicamente da renda de um único empregado para sobreviver enquanto auxílios generosos são mantidos aos legisladores e aos juízes.

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