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Desempenho do PIM em outubro ultrapassa expectativas da indústria

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04/02/2020

Fonte: Jornal do Commercio

Marco Dassori

O PIM entrou no terceiro trimestre com faturamento recorde em reais e registrando seu primeiro crescimento no ano na contabilidade em dólares. Em moeda nacional, as vendas totalizaram R$ 86,78 bilhões e subiram 11,57% no acumulado de janeiro a outubro de 2019. Convertido pelo câmbio, o faturamento chegou a US$ 22.14 bilhões, tendo avançado 3,17% em relação ao mesmo período do exercício anterior.

Divulgados pela Suframa nesta segunda (3), os dados dos Indicadores de Desempenho do PIM estão alinhados com as projeções da Fieam para o faturamento do Polo em divisa nacional, mas sinalizam uma possível surpresa na medida em moeda americana. Na última reunião de diretoria da entidade realizada em 2010, as lideranças projetaram crescimento de 8,36% para as vendas em reais (R$ 101 bilhões) e um virtual empate nos resultados em dólares (US$ 25 bilhões).

Em reais, os segmentos com maior percentual de expansão foram o têxtil (alta de 74,79% e R$ 143,31 milhões em vendas), metalúrgico (+38,51% e R$ 6,59 bilhões), produtos alimentícios (+34,52% e R$ 350,03 milhões) e mecânico (+32,68 % e R$ 5,01 bilhões). Os mesmos segmentos também lideraram o ranking de alta em moeda americana, com acréscimos de 61,63% (US$ 36.52 milhões), 29,06% (US$ 1.69 bilhão) e 26,18% (US$ 89.20 milhões), respectivamente.

Responsáveis por 49,76% do faturamento do PIM, os três maiores segmentos do PIM – eletroeletrônico e bens de informática – faturaram, respectivamente, R$ 22,23 bilhões (+4,48%) e R$ 16,22 bilhões (+22,81%) de janeiro a outubro de 2019. Convertido em dólares, o resultado apontou para decréscimo de 4,43% para os eletroeletrônicos (US$ 5.93 bilhões) e incremento de 14,29% para a divisão de informática (US$ 5.08 bilhões).

Entre os principais produtos com incremento na produção, o destaque foi mantido pelos condicionadores de ar tipo split, com 3,7 milhões de unidades fabricadas e avanço de 49,10%. Em seguida, vieram os aparelhos de barbear (1,6 milhão e +42,69%), câmeras fotográficas digitais (82 mil e +28,41%), bicicletas (821,9 mil e +22,38%), auto-rádios e reprodutores de áudio (1,9 milhão e +17,95%) e forno micro-ondas (3,1 milhões e +15,16%).

Demanda e tecnologia

Em conversa anterior com o Jornal do Commercio, o presidente do Cieam (Centro da Indústria do Estado do Amazonas), Wilson Périco, observou que há sinais de recuperação para o setor – graças à queda dos juros e da inflação – e da volta da confiança dos investidores – em virtude da aprovação da Reforma da Previdência. O dirigente salienta, entretanto, que há um longo caminho para a retomada plena, e este passa pelo fortalecimento da demanda e pela atualização tecnológica da indústria.

“Há um aumento de otimismo aqui também, mas as empresas ainda estão usando em torno de 70% de suas capacidades produtivas. Mesmo com o crescimento contínuo deste ano, o polo de duas rodas, por exemplo, está com o nível de produção na metade do pico registrado em 2011, e em um nível próximo ao de 2005 e de 2016. E a indústria precisa aprovar novos PPBs para trazer tecnologia e novos produtos para o PIM”, ponderou.

Mais contratações

As boas notícias também incluíram as contratações, cuja alta já era esperada em função do aquecimento do setor para atender o comércio nas festas de fim de ano. Em outubro, o PIM registrou 92.029 postos de trabalho nas fábricas, entre trabalhadores efetivos, temporários e terceirizados. Foi o maior número apresentado pelas indústrias incentivadas de Manaus desde novembro de 2015 (94.808) – já no começo da crise – e a segunda vez em que as vagas no Distrito atingem marca superior a 90 mil neste ano, logo após agosto (90.788).

A média mensal de postos de trabalho no Polo Industrial de Manaus, no acumulado dos dez meses iniciais de 2019 (88.797), contudo, se manteve pouco acima do patamar apresentado no mesmo período de 2018 (87.546), de 2017 (86.883) e de 2016 (86.161). E ainda está muito distante do número registrado em 2015 (105.015).

“As fábricas ainda trabalham com capacidade ociosa grande. Algumas conseguiram reservas para não dispensar mão de obra, que já está treinada, esperando um momento de demanda mais forte. Além disso, as empresas aprenderam a fazer mais com menos, aumentando a produtividade. Mas, esperamos que 2019 tenha sido positivo e aguardamos melhores condições para um crescimento mais forte neste ano”, amenizou Nelson Azevedo.

Investimento e produtividade

O superintendente da Suframa, Alfredo Menezes, declarou que o crescimento de empregos no PIM – que voltou ao patamar dos 90 mil postos de trabalho – e o melhor registro histórico de faturamento em real para o período são reflexos do trabalho do governo federal, por meio de ações capitaneadas pelo Ministério da Economia.

“A política econômica do País tem criado um ambiente favorável para que empresários e empreendedores possam realizar investimentos, o que permite gerar maior produtividade e, consequentemente, novos postos de trabalho. É isso que temos visto no Polo Industrial de Manaus que, especialmente devido ao aumento da demanda do mercado interno, tem apresentado dados muito positivos e o fortalecimento de segmentos produtivos. O importante é garantir que esses resultados sejam consolidados e cada vez melhores”, concluiu.

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