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Desempenho do Centro-Oeste salva o Brasil

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19/11/2014

A atividade econômica contraiu no trimestre encerrado em agosto. Nesse contexto, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central - Brasil recuou 0,7% no período, em relação ao trimestre findo em maio, quando variara 0,1%, na mesma base de comparação, de acordo com dados dessazonalizados. O resultado do IBC-Br refletiu acomodação dos indicadores regionais do Norte, Nordeste e Sul. Cabe destacar a diminuição da produção industrial no Norte, influenciada pelo desempenho da indústria de transformação no Amazonas.

Em sentido oposto, o ritmo da atividade se intensificou no Centro-Oeste e houve expansão no Sudeste. Para os próximos trimestres, as perspectivas indicam expansão, ainda que moderada, das economias. A análise é do Banco Central que reuniu todo o seu staff nestes dias em Florianópolis (SC) para avaliar a economia brasileira de todo o País em caráter regional.

Salvação da lavoura


No Centro-Oeste, em oposição ao observado nas demais regiões do País, o ritmo de crescimento da atividade econômica se intensificou no trimestre encerrado em agosto, em relação ao trimestre finalizado em maio, com destaque para o desempenho da indústria de transformação e da agricultura. Nesse cenário, embora as vendas do comércio varejista tenham recuado, o IBCR-CO aumentou 1,3% no período (0,5% no trimestre encerrado em maio).

As perspectivas para os próximos trimestres apontam continuidade da expansão da atividade, entre outros fatores, amparada pelo aumento da safra agrícola. O ritmo de crescimento da atividade econômica no Centro-Oeste se intensificou, na margem, no trimestre encerrado em agosto, com destaque para o desempenho da indústria de transformação e da agricultura. Nesse cenário, o IBCR-CO expandiu 1,3% no período, em relação ao trimestre finalizado em maio, quando crescera 0,5%, na mesma base de comparação. Considerados períodos de doze meses, o indicador cresceu 2,0% em agosto (1,7% em maio).

As vendas do comércio varejista no Centro-Oeste recuaram 2,3% no trimestre finalizado em agosto, em relação ao terminado em maio, quando haviam crescido 0,2%, no mesmo tipo de comparação, de acordo com dados dessazonalizados da PMC do IBGE (Goiás, -4,2%; Distrito Federal, -1,3%; Mato Grosso, 1,2%; Mato Grosso do Sul, ?0,6%). Incorporados os segmentos veículos e materiais de construção, as vendas do comércio ampliado contraíram 3,6% no trimestre (Goiás, -4,1%; Mato Grosso do Sul, -3,7%; Distrito Federal, -3,2%; Mato Grosso, -2,6%).

Em doze meses até agosto, as vendas do varejo cresceram 3,9% (5,6% em maio), com aumentos de 6,3% no Mato Grosso do Sul, 4,0% no Mato Grosso, 3,8% em Goiás, e 2,5% no Distrito Federal. As vendas do comércio ampliado aumentaram 0,7% no período (1,9% em maio), com variações de 1,4% no Mato Grosso, 1,2% no Distrito Federal, 1,1% no Mato Grosso do Sul, e -0,2% em Goiás.

Dados agregados do Distrito Federal e de Goiás, únicas unidades da federação na região para as quais há estatísticas por ramo de atividade, indicam que, no trimestre encerrado agosto, ocorreram reduções de 5,4% das vendas nos segmentos hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, e veículos, motos, partes e peças. Ao mesmo tempo, houve crescimento de 8,8% no segmento outros artigos de uso pessoal e doméstico. Em doze meses até agosto, destaque para os aumentos de 16,7% nas vendas de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos e de 15,3% nas de outros artigos de uso pessoal e doméstico.

Economia regional


A economia do Centro-Oeste, segundo o Boletim Regional do Banco Central, criou 21,9 mil empregos formais no trimestre encerrado em agosto, de acordo com o Caged/TEM, dos quais 13,5 mil no setor de serviços e 7,2 mil na agropecuária. O superávit primário dos governos dos estados, das capitais e dos principais municípios do Centro-Oeste somou R$ 2,0 bilhões no primeiro semestre de 2014. A arrecadação do ICMS aumentou 8,4%, no período. A dívida pública regional totalizou R$25,8 bilhões em junho.

A safra de grãos do Centro-Oeste deverá somar 81,8 milhões de toneladas neste ano agrícola, de acordo com o IBGE. O aumento de 4,3% reflete projeções de expansão para as safras de soja (9,1%), com aumento de 8,1% na área plantada; algodão (26,8%), arroz (10,5%) e de feijão (9,6%). A produção de grãos de Mato Grosso, com participação de 57,7% no total da região, deverá crescer 2,6%, e as de Goiás (22,9%) e do Mato Grosso do Sul (18,0%), 3,5% e 7,8%), respectivamente. Em relação às demais culturas, destaque para a estimativa de elevação anual de 3,6% para a produção de açúcar concentrada em Goiás e no Mato Grosso do Sul.

A produção de grãos da região deverá aumentar entre 2,6% e 5,2% em 2015, conforme o primeiro levantamento de intenção de plantio da Conab, divulgado em outubro. Destaque para as projeções de crescimentos para as colheitas de soja, de 5,1% a 8,5%, e de milho, de 0,4% a 1,2%.

Exportações de carne


Os abates de bovinos em estabelecimentos fiscalizados pelo SIF (de 95% do total regional) recuaram 3,1% nos oito primeiros meses deste ano, em relação a 2013 em igual período. Destaca-se a redução de 9,3% no Mato Grosso e o aumento de 4,9% em Goiás. Os abates de aves e suínos recuaram 4,9% e 7,0%, respectivamente, na mesma base de comparação. As exportações de carne de bovinos cresceram 21,7% no período, em especial para a Rússia, Irã e Venezuela, e as carnes de aves e de suínos recuaram 14,5% e 21,6%, respectivamente, com redução nos embarques de aves para Emirados Árabes e Hong Kong, e de suínos para a Rússia.

A produção industrial do Centro-Oeste, considerados dados dessazonalizados de Goiás e Mato Grosso, únicos estados da região incluídos na PIM-PF do IBGE, aumentou 1,1% no trimestre encerado em agosto, em relação ao finalizado em maio,quando havia crescido 4,3%, nesse tipo de comparação. A indústria de transformação aumentou 0,8% (produtos alimentícios, 0,8%; metalurgia, - 3,6%; produtos de minerais não metálicos, - 0,1%). Em doze meses até agosto, a produção industrial cresceu 3,6% (4,4% em maio). A produção da indústria extrativa recuou 0,4% e da indústria de transformação aumentou 3,8%.

O superávit da balança comercial do Centro-Oeste atingiu US$ 12,5 bilhões nos nove primeiros meses deste ano, conforme o Ministério da Indústria e Comércio. As exportações somaram US$ 22,3 bilhões e as importações, US$ 9,8 bilhões, com recursos respectivos de 1,8% e 6,1%.

Para os especialistas em economia do Banco Central, a evolução da atividade econômica do Centro-Oeste repercutiu, em especial, os desempenhos da indústria – impulsionada pelos segmentos produtos químicos e biocombustíveis –, da agricultura e do setor exportador de carne bovina. As perspectivas para os próximos trimestres devem considerar a trajetória da renda agrícola, em cenário de aumento para a safra agrícola da região e da acomodação das cotações de importantes commodities agrícolas nos mercados internacionais, encerra o Boletim em tom otimista.

Fonte: Portal DM.com.br

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