CIEAM | Centro da Indústria do Estado do Amazonas CIEAM | Centro da Indústria do Estado do Amazonas

Notícias

Desempenho da ZFM continua em queda neste ano, aponta CIEAM

  1. Principal
  2. Notícias

22/03/2016

Como consequência do cenário político e macroeconômico nacional, as empresas instaladas no PIM (Polo Industrial de Manaus) iniciaram 2016 com muitas incertezas. Depois da redução de 10,21% no faturamento de 2015 (R$ 78,4 bilhões) no comparativo ao de 2014 (R$ 87,3 bilhões), as cerca de 600 empresas do PIM? das quais 41% são associadas ao CIEAM (Centro da Indústria do Estado do Amazonas) ? continuaram a apresentar baixa em seus indicadores. Em janeiro, alcançaram R$ 4,94 bilhões de faturamento, queda de 22,4% em relação a igual mês do ano passado, quando somaram R$ 6,37 bilhões. Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que a produção reduziu aproximadamente 31%, em comparação ao mesmo período de 2015. span>pan>

Segundo Wilson Périco, presidente do CIEAM, não há uma sinalização de melhora para os próximos meses, porque a demanda continua fraca. “Não existe mudança no cenário que nos permita pensar diferente.”

Périco complementa que as medidas adotadas em 2015, como férias coletivas por período prolongado, acordos de redução de jornada e demissões, estão se esgotando e não vão ser mais suficientes. Em 2015, segundo informações da Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus), o PIM contava com 87,6 mil trabalhadores entre efetivos, temporários e terceirizados. Este volume só não foi menor que 2003, quando o total era de 68,6 mil postos. “Esperamos que a indústria encontre soluções para reduzir o movimento de demissões. Enquanto isso estiver acontecendo, haverá um processo de consumo cada vez menor.”

Futuro melhor

Para o presidente do CIEAM, há ações importantes que podem contribuir para a melhoria do desempenho da Zona Franca de Manaus e, assim, auxiliar na manutenção, preservação e crescimento do modelo econômico. A atração de empresas investidoras é uma delas. “Mas para isso, é necessário que haja mais celeridade na aprovação dos Processos Produtivos Básicos (PPBs).” Os PPB´s são um conjunto de operações que efetivam a instalação de uma empresa na ZFM. Atualmente, as solicitações para se instalar no PIM chegam a esperar cinco anos pela autorização, quando a Lei nº 8.387/91 determina 120 dias.

A boa notícia é que a Setec (Secretaria do Desenvolvimento Tecnológico e Inovação) apresentou no início deste mês três novas medidas para diminuir essa burocracia. A primeira consiste em acelerar o processo para que seja cumprido dentro do prazo proposto. A segunda permite aos empresários recorrerem às secretarias ligadas aos ministérios, caso o prazo não seja cumprido. E a terceira é a possibilidade de induzir um PPB. Ou seja, que a própria SETEC crie os processos e ofereça ao mercado, de acordo com os interesses da ZFM. “Essa conquista é fruto de uma sugestão de melhoria do CIEAM que vai ajudar a fortalecer o modelo econômico”, reforça o dirigente da entidade.

Outra saída seria deixar de depender totalmente do mercado interno, como é o modelo econômico da ZFM atualmente, e abrir frentes para a exportação, mediante acordos com países vizinhos. “No entanto, neste ponto, esbarramos na logística – que possui muitos gargalos –, enfraquecendo o poder exportador do PIM”, comenta Périco. Ainda segundo dados da Suframa, as exportações totalizaram R$ 2,04 bilhões entre janeiro e dezembro de 2015, incremento de 21,62% em comparação ao mesmo período de 2014. “O CIEAM tem pleitos antigos, como a pavimentação do distrito industrial, que é precária, além do investimento de 3% de tudo o que é recolhido pelo governo do Amazonas em infraestrutura.”

Constantemente, a entidade divulga a necessidade de mudanças, por meio de debates com autoridades e empresários organizados pela entidade, e visitas ao MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior). Além de defender a sustentabilidade do modelo econômico, o CIEAM levanta a bandeira do desenvolvimento de novas matrizes econômicas em toda a Amazônia Ocidental. Isso significa ir além dos muros da capital e girar a economia para todo o estado. “Esta é uma reivindicação paralela à manutenção da ZFM, mas que também contribui para o fortalecimento da ZFM”, finaliza Périco.

Fonte: Printer Press

Coluna do CIEAM Ver todos

Estudos Ver todos os estudos

Diálogos Amazônicos Ver todos

CIEAM | Centro da Indústria do Estado do Amazonas © 2023. CIEAM. Todos os direitos reservados.

Opera House