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Demissões superam admissões

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15/07/2014

Até o final de maio deste ano, 21.386 pessoas foram contratadas para integrar o Polo Industrial de Manaus. No entanto, o número de demissões foi 16,5% maior nos primeiros cinco meses de 2014, com um total de 24.912 desligamentos. Para o presidente do Sindmetal-AM (Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas), Valdemir Santana, a expectativa é que novas contratações surjam a partir de agosto, elevando o efetivo em 10% até dezembro próximo.

Segundo os Indicadores de desempenho do PIM divulgado pela Suframa, o quadro de funcionários da Indústria abriu o ano com 117.508 efetivados, 3.139 temporários e 5.287 temporários. Em maio, o número baixou bruscamente para 111.852 efetivados, 2.527 temporários e 5.181 temporários. “As demissões já vinham acontecendo mês após mês, mas o pior mês até agora deu-se em maio, com demissões em massa seguidas de férias coletivas antecipadas”, comenta o titular.

A variação de empresas informantes também sofreu queda. Em janeiro eram 483 e, em maio, 467.

Baseado no comparativo da evolução da mão de obra do PIM de janeiro a maio dos últimos anos, 2012 e 2013 foram equilibrados, com 118.494 e 118.196, respectivamente. Em 2014, esse número subiu 4,8%, com 123.829. “Este aumento deve-se ao otimismo da indústria, que supervalorizou a produção para a Copa”, avalia. No entanto, o consumidor não atendeu às expectativas de mercado, deixando mais produtos nas prateleiras do que o esperado.

Entre os subsetores industriais que mais contrataram até agora em 2014, está o naval (22,2%), metalúrgico (4,9%), termoplástico (3,9%) e eletroeletrônico (2,4%). Os demais subsetores já apresentam evolução negativa no primeiro semestre. “Os números não chegam a ser animadores e, para o segundo semestre, pretendemos redistribuir essas vagas e amenizar o desemprego”, diz Santana.

E não é somente a Indústria que anda com o saldo negativo de empregabilidade. Segundo a Síntese de Comportamento do Mercado de Trabalho Formal divulgada pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), o Amazonas fechou o quinto mês de 2014 em 24º lugar no ranking nacional, com índice de -0,56%, perdendo apenas para Rio Grande do Sul (-0,15%), Alagoas (-2,51) e Pernambuco (-0,80).

A indústria no Brasil

O emprego na indústria caiu 0,7% em maio, na comparação com o mês anterior. É a segunda queda do indicador, que já havia recuado 0,4% na passagem de março para abril. O dado foi divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Na comparação com maio de 2013, a queda do pessoal ocupado na indústria foi ainda maior: 2,6%. Houve baixa no emprego industrial em 13 dos 14 locais pesquisados pelo IBGE, com destaque para São Paulo (-3,7%), Rio Grande do Sul (-3,8%), Paraná (-4,0%) e Minas Gerais (-2,1%).

Entre os 18 ramos da indústria pesquisados pelo IBGE na Pimes (Pesquisa Industrial Mensal – Emprego e Salário), 15 reduziram percentual de pessoal ocupado na comparação de maio deste ano com o mesmo período do ano passado. Os principais recuos foram observados nos segmentos de produtos de metal (-7,4%), calçados e couro (-7,9%), meios de transporte (-4,3%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-6,1%).

O emprego na indústria acumula quedas de 2,2%, no ano, e de 1,7%, em 12 meses. De acordo com o relatório, também houve recuo (0,8%) na quantidade de horas pagas, de abril para maio deste ano. Em relação a maio de 2013, a queda foi 3,3%; no acumulado do ano, 2,7%, e em 12 meses, 2%.

Por outro lado, a folha de pagamento real da indústria cresceu 1,9% de abril para maio. Na comparação de maio deste ano com o mesmo período do ano passado, o crescimento foi 1,4%. As altas acumuladas na folha de pagamento são 1,7%, no ano, e 0,9%, em 12 meses.

Fonte: JCAM

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